Axé (gênero musical)
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O axé, ou axé music, é um gênero musical que surgiu no estado da Bahia na década de 1980 durante as manifestações populares do Carnaval de Salvador, misturando o ijexá,[1] samba-reggae,[2] frevo, reggae, merengue, forró, samba duro,[2] ritmos do candomblé,[3] pop rock,[4][5] bem como outros ritmos afro-brasileiros e afro-latinos.[6][7][8][9]
Axé | |
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Origens estilísticas | Samba-reggae, frevo, reggae, merengue, forró, ijexá, samba duro, ritmos de Candomblé, pop rock, ritmos afro-brasileiros e afro-latinos. |
Contexto cultural | Década de 1980, Salvador |
Instrumentos típicos | Guitarra elétrica, baixo elétrico, percussão |
Popularidade | Brasil |
Outros tópicos | |
Samba-reggae, pagode baiano, arrocha, black semba, forró elétrico |
No entanto, o termo "axé" é utilizado erroneamente para designar todos os ritmos de raízes africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que provém da Bahia.[10] Sabe-se hoje, que nem toda música baiana é axé, pois lá há o samba-reggae,[11] representado principalmente pelo bloco afro Olodum, o samba de roda, o ijexá — tocado com variações diversas por bandas percussivas de blocos afro como Filhos de Ghandi, Cortejo Afro, Ilê Aiyê, e Muzenza, entre outros —, o pagode baiano e até uma variação de frevo, bem como o sertanejo e forró etc.[7][8][12][13]
A palavra "axé" é uma saudação religiosa usada no candomblé, que significa energia positiva.[13][14] Expressão corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi anexada à palavra em inglês "music" pelo jornalista Hagamenon Brito em 1987 para formar um termo que designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais.[8][14]
Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou por todo o país (com a realização de carnavais fora de época, as chamadas micaretas), e fortaleceu-se como potencial mercadológico, produzindo sucessos durante todo o ano, tendo, como alguns dos maiores nomes, Luiz Caldas, Daniela Mercury, Cheiro de Amor, Ivete Sangalo, Bamda Mel, Claudia Leitte, Margareth Menezes, Asa de Águia, Chiclete com Banana, entre outros.[7][8][14]
Os pioneiros do gênero foram os músicos da renomada banda Acordes Verdes, que acompanhava Luiz Caldas e eram músicos de estúdio da W.R, em Salvador. O principal arranjador do estúdio, na altura, era o compositor Alfredo Moura.[7]