Eleições estaduais em São Paulo em 1958
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
As eleições estaduais em São Paulo em 1958 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Nesse dia foram eleitos o governador Carvalho Pinto, o vice-governador Porfírio da Paz, o senador Mário Calazans, além de 44 deputados federais e 91 estaduais.[1][nota 1]
← 1954 1962 → | ||||
Eleições estaduais em São Paulo em 1958 | ||||
---|---|---|---|---|
3 de outubro de 1958 (Turno único) | ||||
Candidato | Carvalho Pinto | Ademar de Barros | ||
Partido | PDC | PSP | ||
Natural de | São Paulo, SP | Piracicaba, SP | ||
Vice | Havia dois nomes | Porfírio da Paz | ||
Votos | 1.312.017 | 1.105.161 | ||
Porcentagem | 50,70% | 42,71% | ||
Candidato mais votado por município (495):
Carvalho Pinto (381) Ademar de Barros (111) Auro de Moura (2) Empate (1) | ||||
Titular Eleito | ||||
Sobrinho-neto do presidente Rodrigues Alves, o advogado Carvalho Pinto nasceu em São Paulo e formou-se em 1931 pela Universidade de São Paulo.[2] No ano seguinte prestou serviços para a Sociedade de Estudos Políticos, antecessora da Ação Integralista Brasileira fundada por Plínio Salgado. Durante o Estado Novo foi assessor jurídico da prefeitura de São Paulo na administração Prestes Maia. Nomeado secretário de Finanças quando Jânio Quadros assumiu a prefeitura paulistana, ocupou a Secretaria de Fazenda após a vitória do referido político na eleição para governador de São Paulo em 1954. Filiado ao PDC, Carvalho Pinto venceu a disputa para o governo paulista em 1958 sob um percentual recorde o qual seria derrubado apenas em 1990.[1][3][nota 2]
Por terem apresentado mais de um candidato a vice-governador, os partidos que apoiaram Carvalho Pinto acabaram por permitir que o general Porfírio da Paz mativesse a titularidade do cargo. Professor do Liceu Coração de Jesus, ele é natural de Araxá e estudou na Faculdade de Farmácia e Odontologia da Universidade de São Paulo.[4] Membro do Corpo de Saúde do Exército Brasileiro, onde ingressou como segundo-tenente, residiu por algum tempo no Rio de Janeiro. Preso e expulso das Forças Armadas por sua participação na Revolução Constitucionalista de 1932, foi reintegrado graças à concessão de uma anistia e serviu na Base Aérea de Natal no curso da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, entretanto tornou-se mais conhecido por ser um dos fundadores do São Paulo Futebol Clube.[5] Sua carreira política começou após o Estado Novo e assim Porfírio da Paz foi eleito deputado estadual via PTB em 1947 e 1950. Ao lado de Jânio Quadros, foi eleito vice-prefeito de São Paulo pelo PDC em 1953 e vice-governador do estado pelo PTN em 1954.[6] Apesar de proibida a reeleição para cargos executivos, tal regra, aparentemente, vigia apenas em relação aos titulares das chapas. Graças a isso Porfírio da Paz foi reeleito vice-governador em 1958 quando já havia regressado ao PTB e era integrante da chapa de Ademar de Barros.[nota 3][nota 4][7]
Natural de Paraibuna, o sacerdote Benedito Mário Calazans estudou no Seminário Diocesano de Taubaté onde se graduou em Filosofia e Teologia recebendo ordenação em dezembro de 1934.[8] Cinco anos depois regressou de Roma onde obteve o Doutorado na Pontifícia Universidade Gregoriana.[8] Vigário coadjutor em cidades do Vale do Paraíba, foi capelão da Força Aérea Brasileira, professor da Escola de Cadetes da Polícia Militar de São Paulo, onde lecionou Ética, e atuou no magistério em outras instituições. Filiado à UDN, elegeu-se deputado estadual em 1950 e 1954 e senador em 1958.[9]