Eleições estaduais no Ceará em 1958
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As eleições estaduais no Ceará em 1958 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima.[nota 1] Foram eleitos o governador Parsifal Barroso, o vice-governador Wilson Gonçalves, o senador Menezes Pimentel, 18 deputados federais, 54 deputados estaduais, com a ressalva que, graças a um calendário eleitoral flexível, onze estados elegeram seus governadores apenas em 3 de outubro de 1960.[1][nota 2]
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Eleições estaduais no Ceará em 1958 | ||||
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3 de outubro de 1958 (Turno único) | ||||
Candidato | Parsifal Barroso | Virgílio Távora | ||
Partido | PTB | UDN | ||
Natural de | Fortaleza, CE | Jaguaribe, CE | ||
Vice | Wilson Gonçalves | Acrísio Moreira da Rocha | ||
Votos | 279.449 | 248.241 | ||
Porcentagem | 52,96% | 47,04% | ||
Candidato mais votado por município (138):
Parsifal Barroso (79)
Virgílio Távora (59) | ||||
Titular Eleito | ||||
Natural de Fortaleza, Parsifal Barroso foi professor no Liceu do Ceará e depois se tornou advogado. Procurador do antigo Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários, foi deputado estadual antes do Estado Novo e lecionou na Universidade Federal do Ceará, onde se formara em 1933. Genro de Francisco Monte, ingressou no PSD elegendo-se deputado estadual em 1947 e deputado federal em 1950. Ao mudar para o PTB foi eleito senador em 1954, porém o mandato foi quase todo exercido por seu suplente, Fausto Cabral, pois o titular foi ministro do Trabalho do presidente Juscelino Kubitschek e agora elegeu-se governador com Wilson Gonçalves como vice-governador.[2]
O vitorioso na eleição para senador foi Menezes Pimentel. Advogado e professor, ele nasceu em Santa Quitéria e lecionou na Universidade Federal do Ceará, a mesma onde se graduara em 1914. Graças à Revolução de 1930 seu mandato de deputado estadual foi extinto e ele só voltaria à política ao ser eleito governador pela Assembleia Legislativa do Ceará em 1935 e graças ao Estado Novo manteve o cargo por dez anos. Filiado ao PSD foi derrotado em 1945 como candidato a senador, mas foi escolhido vice-governador do Ceará pelos deputados estaduais em 1947, embora fosse de um partido contrário ao governador Faustino Albuquerque. Eleito deputado federal em 1950 e 1954, ocupou o Ministério da Justiça durante a estadia interina de Nereu Ramos na Presidência da República e em 1958 foi eleito senador pelo Ceará.[3][4]