Eleições estaduais no Ceará em 2006
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As eleições estaduais no Ceará em 2006 aconteceram em 1 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados.
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Eleições estaduais no Ceará em 2006 | ||||
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1 de outubro de 2006 (Decisão em primeiro turno) | ||||
Candidato | Cid Gomes | Lúcio Alcântara | ||
Partido | PSB | PSDB | ||
Natural de | Sobral, CE | Fortaleza, CE | ||
Vice | Francisco Pinheiro | Beto Studart | ||
Votos | 2.411.457 | 1.309.277 | ||
Porcentagem | 62,38% | 33,87% | ||
Candidato mais votado por município no 1º turno (184): Cid Gomes (164) Lúcio (20) | ||||
Titular | ||||
Eleição parlamentar de Ceará em 2006 (Senado) | ||||
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1 de outubro de 2006 Primeiro Turno | ||||
Líder | Inácio Arruda | Moroni Torgan | ||
Partido | PCdoB | PFL | ||
Natural de | Fortaleza, CE | Porto Alegre, RS | ||
Suplentes | Raimundo Noronha Filho (PMDB) e Professora Gloria (PSB) | Maia Júnior (PSDB) e Chiquinho Feitosa (PSDB) | ||
Votos | 1.912.663 | 1.680.362 | ||
Porcentagem | 52,25 | 45,90% | ||
Candidato mais votado por município (184):
Inácio Arruda (124) Moroni Torgan (60) | ||||
Titular(es) Eleito(s) | ||||
O candidato Cid Gomes (PSB) venceu seu principal opositor, o então governador Lúcio Alcântara (PSDB), numa disputa encerrada em primeiro turno, dando fim a hegemonia tucana que controlava o Estado desde 1990.
Foi uma enorme derrota para o tucano tendo em vista que além de contar com o apoio de 70% das prefeituras do Estado, gerou um racha no partido pois o ex-governador e então senador Tasso Jereissati (também do PSDB), defendia uma aliança com Cid, lançando Alcântara para disputar uma vaga no Senado, evitando, então, um confronto direto entre os dois.[1] Embora fossem do mesmo partido, Tasso acabou ignorando a candidatura de Alcântara a reeleição e contribuiu com a vitória de Cid Gomes.
Inácio Arruda (PCdoB) conquistou a única vaga disponível para o Senado Federal, derrotando o candidato Moroni Torgan (PFL). Com a aliança PSDB-PFL, o então detentor da cadeira cearense no senado, Luiz Pontes (PSDB) não concorreu a reeleição.
Perfil do governador eleito
Filho do defensor público José Euclides Ferreira Gomes Júnior, ex-prefeito de Sobral, e da professora Maria José Santos Ferreira Gomes, iniciou seus estudos em sua cidade natal. Graduou-se em Engenharia Civil na Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza, onde chegou a ocupar a presidência do Centro Acadêmico. É irmão de Ciro Gomes, ex-prefeito de Fortaleza, ex-deputado estadual e federal, ex-governador do Ceará, ex-candidato à presidência da República e ex-Ministro da Fazenda e da Integração Nacional.[carece de fontes?] O outro irmão, Ivo Gomes, é ex-deputado estadual e atual Prefeito de Sobral.[2]
Em 2013, foi listado como um dos 60 nomes mais poderosos do país pelo portal IG.[3]
Cid Gomes é casado com Maria Célia Habib Moura Ferreira Gomes e pai de Rodrigo Dias Ferreira Gomes (nascido em 1997), Matheus Habib Ferreira Gomes (nascido em 2007) e Pedro Gomes (nascido em 2015).[4]
Ingressou na política aos 25 anos, em 1988, como vice na chapa de José Linhares Ponte (popularmente conhecido como Padre Zé) à prefeitura de Sobral, derrotados com uma pequena margem de votos pelo candidato José Parente Prado.[5] Logo depois disso, entre 1989 e 1990, Cid Gomes foi coordenador político regional no Ceará, tendo sido convidado pelo então governador Tasso Jereissati.[6]
Em outubro de 1990, Cid concorreu ao cargo de deputado estadual (PSDB) e foi eleito com 21.895 votos. Em 1991 se tornou líder do PSDB na Assembleia Legislativa do Ceará.[7]
Ao longo do mandato, Cid se tornou primeiro-secretário da Mesa Diretora.[8] Em 1994 disputou novamente como deputado estadual e foi reeleito com 45.570 votos, alcançado a terceira melhor votação do estado.[7]
Em 1995, Cid Gomes foi reeleito para o cargo deputado estadual. No segundo mandato, foi eleito por unanimidade presidente da Assembleia, com 32 anos, sendo o presidente mais jovem da história do parlamento estadual.[9]
Cid Gomes, por seu destaque como presidente da assembleia cearense, participou da Conferência Nacional de Assembleias Legislativas dos Estados Unidos, em 1996, e do Encontro de Integração de Jovens Políticos da América Latina e da Europa, realizado pela Fundação Konrad Adenauer no mesmo ano.
Em 1996, disputou o cargo de prefeito de Sobral, sendo eleito com um montante de mais de 64% dos votos do eleitorado. Deixou o cargo de Deputado Estadual em 1997 para assumir a prefeitura. Quando assumiu o cargo de prefeito de Sobral, em 1997, Cid Gomes quebrou a divisão de poder das famílias Prado e Barreto, que governaram a cidade de Sobral desde o ano de 1963.[10]
Durante sua gestão como prefeito realizou convênios para a construção de seis escolas de grande porte e investiu mais de R$ 2,5 milhões para a recuperação de 23 escolas do município, dando os primeiros passos para a melhoria da educação do município de Sobral.[11]
Em 2000, concorreu à reeleição, vencendo novamente com mais de 68% dos votos.
Em 2001, a gestão conseguiu, cinco antes do restante do Brasil ampliar o Ensino Fundamental para nove anos já atendendo crianças de seis anos de idade. Dois anos mais tarde, Sobral alcança mais de 100% de taxa de escolarização líquida (número possível pois recebia alunos de cidades vizinhas).[12]
Criou também na Prefeitura de Sobral o Programa de Alfabetização na Idade Certa, que foi base para a criação do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa, do Governo Federal.[13]
Nos oito anos de gestão em Sobral, a cidade passou por um redesenho profundo de suas finanças municipais e um rearranjo fiscal, fazendo com que a cidade se tornasse a terceira maior arrecadadora de imposto no Ceará.[14]
Em pesquisa feita em 2004, Cid Gomes foi eleito o melhor prefeito de todo o estado do Ceará.[15]