Eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1947
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As eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1947 ocorreram em 19 de janeiro como parte das eleições no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. No Rio Grande do Norte o PSD fez o governador José Augusto Varela[nota 1], o senador João Câmara e também a maioria entre os 32 deputados estaduais.[1][nota 2]
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Eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1947 | ||||
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19 de janeiro de 1947 (Turno único) | ||||
Candidato | José Augusto Varela | Floriano Cavalcanti | ||
Partido | PSD | UDN | ||
Natural de | Ceará-Mirim, RN | Belém, PA | ||
Vice | Não havia | Não havia | ||
Votos | 57.296 | 55.275 | ||
Porcentagem | 50,90% | 49,10% | ||
Candidato mais votado por município (42):
Varela (19)
Floriano (10)
Sem informações (13) | ||||
Titular Eleito | ||||
Médico formado em 1922 pela Universidade Federal da Bahia, o governador José Augusto Varela é de Ceará-Mirim e clinicou em Natal e Macau. Eleito deputado estadual, foi impedido de assumir pela Revolução de 1930 e após ser eleito pelo Partido Popular em 1934 e assinar a Constituição Estadual, foi vítima do Estado Novo e perdeu o mandato. Inspetor sanitário em companhias de navegação em Macau, lecionou na Escola de Farmácia, compôs o Conselho Penitenciário de Natal por dez anos a contar de 1933 e à mesma cidade dirigiu o Hospício de Alienados[2] e exerceu o mandato de prefeito ao ser nomeado em 1943, afastando-se a tempo de eleger-se deputado federal pelo PSD em 1945 e assim participar da elaboração da Constituição de 1946.[3]
Para senador o vitorioso foi o agropecuarista João Câmara. Nascido em Taipu ele é comerciante e industrial cuja biografia inclui um mandato de prefeito em João Câmara (antiga Baixa Verde) e outro de deputado estadual. Alijado da política durante o Estado Novo, foi um dos fundadores do PSD e nele conquistou um mandato de senador. Após sua morte, o Tribunal Superior Eleitoral impediu a posse do suplente, general Fernandes Dantas, alegando falhas em sua inscrição e assim foi efetivado Kerginaldo Cavalcanti, suplente de Juvenal Lamartine de Faria, adversário do falecido João Câmara. Apesar de ilegal, a troca não foi contestada e Kerginaldo Cavalcanti reelegeu-se anos depois.[4][5][6]