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Kammersängerin Elisabeth Grümmer (nascida Elisabeth Schliz) (31 de março de 1911, Baixa-Yutz, Alsacia-Lorena, França – 6 de novembro de 1986, Warendorf, Westfalia, Alemanha) foi uma notável cantora soprano lírica alemã. Suas interpretações em papéis de Mozart, Richard Wagner e Richard Strauss são vistas como referenciais, em especial Elsa, Elisabeth, Agatha, Elettra, Pamina, Octaviano, A Mariscala e por sobretudo Donna Anna.[1][2]
Elisabeth Grümmer | |
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Nascimento | 31 de março de 1911 Yutz |
Morte | 6 de novembro de 1986 (75 anos) Warendorf |
Cidadania | Alemanha |
Ocupação | cantora de ópera, professora universitária |
Prêmios |
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Empregador(a) | Universidade das Artes de Berlim |
Instrumento | voz |
Elizabeth Schliz nasceu em 1911, na localidade de Niederjeutz (Baixa-Yutz), na Alsacia-Lorena, região então anexada ao Império Alemão. Ao final da Primeira Guerra Mundial, em 1918, ela e sua família foram expulsos da região, que fora retomada pela França. Àquela altura, eles estabeleram-se em Meiningen, na Alemanha.[3]
Elizabeth iniciou sua carreira ao se mudar para Meiningen, onde estudou teatro e faz seu debut como Klarchen, na peça Egmont, de Goethe.[3]
Em 1940, ela se mudou para Aachen e debutou como uma das "mulheres flores", em Parsifal, de Wagner. Sua mudança foi motivada pela alocação profissional de seu marido. Por meio dele, lá ela conheceu Herbert von Karajan, quem a encorajou a estudar canto com Franziska Martienssen-Lohmann e a debutar na referida peça.[3]
Ao final da Segunda Guerra Mundial, Elizabeth estabeleceu-se em Berlim, então viúva.
Em Berlim, Elizabeth Grümmer fez parte do elenco da Ópera Alemã de Berlim entre 1946 e 1972. Nesse período, ela se consolidou como uma das figuras emblemáticas do renascimento lírico austro-alemão, sendo reconhecida como uma espetacular vocal soprano nas personagens:[4]
Entre 1957 e 1961, Elizabeth cantou no Festival de Bayreuth, em Salzburgo, no Festival de Glyndebourne, Metropolitan Opera, A Scala, Covent Garden, Viena, Hamburgo e Munique. Em 1963, cantou no Teatro Colón de Buenos Aires.[5]
Foi uma distinta recitalista em Liederabend, canções com orquestra (as Quatro últimas canções de Richard Strauss) e em obras sacras, em especial um Réquiem alemão de Brahms.[5]
Por volta de 1935, Elizabeth se casou com o primeiro violinista da orquestra do teatro de Duisburgo, Detlev Grümmer, adotando seu sobrenome. Detlev e Elizabeth tiveram uma filha.[6]
Detlev morreu na residência da família, durante um bombardeio da Segunda Guerra Mundial. Sua morte ocorreu enquanto Elizabeth atuava em Praga. Na ocasião, além do marido, a soprano perdeu todos seus pertences. Ela se mudou a Berlim após o final da guerra e nunca voltou a se casar.[6]
Elizabeth Grümmer foi nomeada Kammersängerin, isto é, titulação de cantora da câmara, pela Ópera Alemã de Berlim. Além disso, exerceu cátedra na Berlin Musikhochschule.[4]
Morreu em Warendorf, Vestfália. Seu timbre claro e poderoso ao mesmo tempo pode apreciar-se em numerosas gravações que a mostram em plenitude, bem como no filme Dom Giovanni, estreiado no Festival de Salzburgo de 1954, dirigido por Wilhelm Furtwängler com Cessar Siepi, Walter Berry, Lisa della Casa, Erna Berger e Anton Dermota.[4]
DVD
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