Grande Mesquita de Cairuão
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A Grande Mesquita de Cairuão (em árabe: الجامع الكبير بالقيروان; em francês: Grande Mosquée de Kairouan), também chamada Mesquita de Uqueba ibne Nafi (Oqba ibn Nafi), Mesquita de Uqueba ibne Nafi (em árabe: جامع عقبة بن نافع) ou Mesquita de Sidi Oqueba em homenagem ao seu fundador, é uma das principais mesquitas da Tunísia e situa-se na cidade de Cairuão.
Grande Mesquita de Cairuão Mesquita Oqueba ibne Nafi • الجامع الكبير بالقيروان • Grande Mosquée de Kairouan | |
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Tipo | Mesquita |
Início da construção | 670 (1 354 anos) |
Fim da construção | século IX |
Dimensões | |
Outras dimensões | comp.: 125,2 – 127,6 m larg.: 72,7 – 78 m |
Área | c. 9 600 m² |
Património Mundial | |
Critérios | (i)(ii)(iii)(v)(vi) |
Ano | 1988 |
Referência | 499 en fr es |
Geografia | |
País | Tunísia |
Cidade | Cairuão |
Coordenadas | 35° 40' 53" N 10° 06' 14" E |
Localização em mapa dinâmico |
Cairuão foi a primeira metrópole muçulmana do Magrebe, tem a reputação de ser o centro espiritual e religioso da Tunísia[1][2] e por vezes é referida como a quarta cidade santa do islão.[2][3] A Grande Mesquita é o edifício emblemático da cidade e continua a ser o santuário mais antigo e mais prestigiado do Ocidente muçulmano,[4][5]. Está inscrita desde 13 de março de 1912 na lista de monumentos históricos classificados e protegidos na Tunísia[6][7] e integra o "conjunto histórico de Cairuão", o qual está classificado como Património Mundial pela UNESCO desde 1988.[8]
Construída por Uqueba ibne Nafi a partir de 670 (ano 50 da Hégira),[9] quando foi fundada a cidade de Cairuão, a mesquita é considerada no Magrebe como o modelo de todas as mesquitas da região,[10] um dos mais importantes monumentos islâmicos e uma obra-prima da arquitetura universal.[8] De um ponto de vista estético, é considerada o mais belo edifício da civilização muçulmana no Magrebe, o que é atestado pelas referências em inúmeras obras e manuais de arte islâmica.[11] Além da sua importância artística, a Grande Mesquita de Cairuão desempenhou um papel primordial na islamização de todo o Ocidente muçulmano, incluindo a Península Ibérica, e na difusão da escola sunita maliquita.[12]
A fisionomia atual da mesquita deve-se principalmente aos grandes trabalhos de reconstrução e embelezamento levados a cabo no século IX durante a vigência da dinastia dos Aglábidas.[13] A fama e prestígio da mesquita e de outros santuários de Cairuão fizeram com que a cidade se desenvolvesse e crescesse cada vez mais a partir do século VII. A universidade, constituída por sábios e juristas que ensinavam os seus conhecimentos no seio da mesquita, foi um centro de formação tanto para o pensamento muçulmano como para as ciências profanas.[14][15] Com o declínio da cidade a partir da segunda metade do século XIX, o centro de formação intelectual foi transferido para a Universidade Zitouna de Tunes.[16]