José Dirceu
político e advogado brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
José Dirceu de Oliveira e Silva GOMM (Passa Quatro, 16 de março de 1946)[1] é um político e ex-advogado[3] brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi deputado estadual e federal pelo Estado de São Paulo e ministro-chefe da Casa Civil durante o primeiro Governo Lula.
José Dirceu | |
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José Dirceu em 2005. | |
Deputado federal por São Paulo | |
Período | 1º de fevereiro de 1999 até 1º de dezembro de 2005 |
Período | 1º de fevereiro de 1991 até 1º de fevereiro de 1995 |
Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil | |
Período | 1º de janeiro de 2003 até 21 de junho de 2005 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Pedro Parente |
Sucessor(a) | Dilma Rousseff |
Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores | |
Período | 29 de outubro de 1995 até 7 de dezembro de 2002 |
Antecessor(a) | Rui Falcão |
Sucessor(a) | José Genoíno |
Deputado estadual de São Paulo | |
Período | 1º de fevereiro de 1987 até 1º de fevereiro de 1991 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 16 de março de 1946 (78 anos)[1] Passa Quatro, MG[1] |
Alma mater | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[2] |
Filhos(as) | Zeca Dirceu e 2 outros |
Partido | PCB (1961–1966) PT (1980–presente) |
Residência | Rancho dos Bugres |
Assinatura |
José Dirceu | |
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Crime(s) |
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Pena |
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Situação |
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Foi líder estudantil entre 1965 e 1968, ano em que foi preso em Ibiúna, no interior de São Paulo, durante uma tentativa de realização do XXX Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em operação chefiada pelo delegado do DOPS José Paulo Bonchristiano.[4] Em setembro de 1969, com mais quatorze presos políticos, deportados do país, em troca da libertação do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, foi deportado para o México. Posteriormente exilou-se em Cuba. Fez plásticas e mudou de nome para não ser reconhecido em suas tentativas de voltar ao Brasil após ser exilado, e voltou ao país em 1971, vivendo um período clandestinamente na cidade de São Paulo e em algumas cidades do Nordeste. No entanto, quando sentiu novamente sua segurança ameaçada, retornou a Cuba, regressando ao Brasil em 1975, para estabelecer-se clandestinamente em Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná.
Elegeu-se deputado estadual de São Paulo em 1986 e deputado federal em 1990, sendo novamente eleito para a câmara federal em 1998 e 2002.[5] Em janeiro de 2003, após tomar posse na Câmara dos Deputados, licenciou-se para assumir o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, onde permaneceu até junho de 2005, quando deixou o Governo Federal, acusado, por Roberto Jefferson, de ser o mentor do escândalo do mensalão. Em dezembro do mesmo ano, teve o mandato de deputado federal cassado por quebra de decoro parlamentar.[5] Em 2011, lançou o livro Tempos de Planície,[6] reunindo artigos sobre temas políticos e econômicos publicados após seu afastamento do governo.[7]
Em 2012 foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do escândalo do mensalão, pelo crime de corrupção ativa,[8] sendo preso em novembro de 2013 e, quase um ano depois, liberado para cumprir o restante de sua pena em casa.[9][10] Em 3 de agosto de 2015, Dirceu voltou a ser preso, desta vez pela participação no esquema conhecido como Petrolão.[11] Em 11 de abril de 2016, teve seu registro de advogado cancelado pela Primeira Câmara do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).[3] Em 18 de maio, Dirceu foi condenado a 23 anos e três meses de prisão por crimes de corrupção passiva, recebimento de vantagem indevida e lavagem de dinheiro no esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato.[12] Em março de 2017, voltou a ser condenado na Operação Lava Jato a 11 anos e três meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As penas somadas, no âmbito da Lava Jato, chegam a 31 anos.[13]