Longa Depressão
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A Longa Depressão foi uma recessão econômica em escala mundial, começando em 1873 e indo até março de 1879 ou 1896, dependendo das métricas usadas.[1] Foi mais severo na Europa e nos Estados Unidos, que vinham experimentando um forte crescimento econômico alimentado pela Segunda Revolução Industrial na década seguinte à Guerra Civil Americana. O episódio foi rotulado de "Grande Depressão" na época, e manteve essa designação até a Grande Depressão da década de 1930. Embora tenha sido um período de deflação geral e uma contração geral, não teve o retrocesso econômico severo da Grande Depressão.[2]
O Reino Unido é frequentemente considerado o país mais atingido; durante esse período, perdeu parte de sua grande liderança industrial sobre as economias da Europa continental.[3] Enquanto ocorria, era proeminente a visão de que a economia do Reino Unido estava em depressão contínua de 1873 até 1896 e alguns textos referem-se ao período como a Grande Depressão de 1873-1896, com perdas financeiras e de fabricação reforçadas devido a uma longa recessão no setor agrícola do Reino Unido.[4]
Nos Estados Unidos, os economistas normalmente se referem à Longa Depressão como a Depressão de 1873-1879, iniciada pelo Pânico de 1873 e seguida pelo Pânico de 1893, encerrando todo o período da Longa Depressão mais ampla.[5] O Departamento Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos data a contração após o pânico como durando de outubro de 1873 a março de 1879. Aos 65 meses, é a contração mais duradoura identificada pelo NBER, eclipsando os 43 meses de contração da Grande Depressão.[6][7] Nos Estados Unidos, de 1873 a 1879, 18 000 empresas faliram, incluindo 89 ferrovias.[8]
No Brasil, a crise começou a ser sentida mais fortemente em 1875, com déficits seguidos nas finanças publicas do Império[9] e, por exemplo, as falências do Banco Mauá e do Banco Nacional.[10]