Lúcio Quíncio Cincinato
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Lúcio Quíncio Cincinato (em latim: Lucius Quinctius Cincinnatus; 519 a.C. — 439 a.C.) foi general, cônsul e por um certo período, ditador romano, por determinação do senado.
Lúcio Quíncio Cincinato | |
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Estátua de Cincinato por Denis Foyatier, nos Jardins das Tulherias, Paris | |
Nascimento | 519 a.C. |
Morte | 439 a.C. (80 anos) |
Serviço militar | |
País | República Romana |
Patente | General |
Conflitos | Batalha do Monte Álgido |
Cincinato foi considerado pelos romanos, especialmente pelos patrícios, como um dos heróis da Roma Antiga e como um modelo de virtude romana e simplicidade. Tito Lívio descreve-o como cidadão romano zeloso para com a república e exemplum digno de imitação. Para Lívio, a virtude era obtida por meio da parcimônia e não por meio do culto ao luxo e à riqueza.[1] Conta-se que Cincinato fora designado pelo Senado, enquanto cônsul, para apaziguar uma contenda entre os tribunos e os plebeus, a respeito da Lei Terentília (Lex Terentilia), ao que, cumprida tal tarefa, retorna à sua vida pastoril e se nega a candidatar-se a Cônsul no ano seguinte, para respeitar o decreto do senado, que estava sendo desconsiderado pelos tribunos da plebe.[2] No ano de 458 a.C., todavia, quando o cônsul Minúcio (Lúcio Minúcio Esquilino Augurino) não conteve o avanço de tribos bárbaras e teve seu acampamento sitiado, gerando terror e agitação em Roma, Cincinato fora sugerido novamente pelo senado como alternativa, para a salvação romana, dever para o qual, já nomeado ditador, contou com poderes absolutos, e culminou na Batalha do Monte Álgido. Tendo resolvido o conflito, Cincinato renuncia ao cargo e novamente retorna a sua vida pastoril. Sua renúncia com o fim da crise tem sido frequentemente citada como um exemplo de liderança excepcional, serviço ao bem maior, virtude cívica, falta de ambição pessoal e modéstia. Como resultado, ele inspirou uma série de organizações e outras entidades, muitas das quais são nomeadas em sua honra.