Medeia (Eurípides)
tragédia de Eurípides / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Medeia (em grego, Μηδεια, “a bem aconselhada” – Mēdeia, na transliteração) é uma tragédia grega de Eurípides, datada de 431 a.C.
Medeia | |
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Klara Ziegler como Medeia | |
Autor(es) | Eurípides |
Idioma | Grego antigo |
Género | Tragédia |
Nela foi apresentado o retrato psicológico de uma mulher carregada de amor e ódio a um só tempo. Medeia representa um novo tipo de personagem na tragédia grega, como esposa repudiada e estrangeira perseguida, ela se rebela contra o mundo que a rodeia, rejeitando conformismo tradicional. Tomada de fúria terrível, mata os filhos que teve com o marido, para vingar-se dele e automodificar-se. É vista como uma das figuras femininas mais impressionantes da dramaturgia universal.
A Medeia foi apresentada nas Grandes Dionísias de 431 a.C. juntamente com mais duas tragédias e um drama satírico que se perderam. Não era a primeira peça de Eurípides, mas é talvez a mais antiga das tragédias dele que conservaram até ao presente.[1]
Considerada chocante para os seus contemporâneos, Medeia foi a última das peças apresentadas no festival Dionísico de 431 a.C.[2] Não obstante, a peça continuou a fazer parte do repertório teatral de tragédias e experimentou um interesse renovado com o surgimento do movimento feminista, atendendo ao tema da decisão de uma mulher, Medeia, sobre a sua própria vida num mundo dominado pelos homens. A peça manteve-se como a tragédia grega mais frequentemente encenada ao longo do século XX.[3]