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detalhes da pandemia de influenza A no Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A pandemia de gripe A de 2009 no Brasil iniciou se em Maio do mesmo ano. Em agosto o Ministro da Saúde declarou que 78% dos casos de gripe no país são decorrentes do H1N1 e 2% das mortes mundiais são brasileiras.[3] Em 26 de agosto o Ministério da Saúde confirmou que os casos fatais chegaram a 557, o que levou o país a liderar o número de mortes pela pandemia em todo o mundo.[4]
Pandemia de gripe A de 2009 no Brasil | |
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Mapa dos estados e Distrito Federal com casos confirmados. 5,000+ casos confirmados 500+ casos confirmados 50+ casos confirmados 5+ casos confirmados 1+ casos confirmados | |
Mapa dos estados e Distrito Federal com mortes confirmadas. 100+ mortes confirmadas 10+ mortes confirmadas 5+ mortes confirmadas 1+ mortes confirmadas 0 mortes confirmadas | |
Doença | Gripe (gripe suína) |
Vírus | Influenzavirus A subtipo H1N1 |
Origem | Cancún, México |
Local | 26 estados e Distrito Federal |
Local do primeiro caso | Rio de Janeiro |
Início | 7 de maio de 2009[1] |
Estatísticas globais | |
Casos confirmados | 59 867 |
Mortes | 2 146[2] |
No dia 7 de maio, foram confirmados os primeiros quatro casos da Gripe A no Brasil pelo Ministério da Saúde.[1] No dia 8 de maio, a Secretaria da Saúde do Estado de Santa Catarina anunciou o quinto caso de gripe suína no país, uma menina de sete anos que esteve de férias na Flórida, nos Estados Unidos.[5] O sexto caso foi de um homem no Rio de Janeiro que teve contato com um paciente já confirmado como infectado pela gripe e contraiu a doença. Esse foi o primeiro caso de contágio da doença dentro do país.[5] No dia 10 de maio, o Ministério da Saúde confirma mais dois casos da nova gripe no Brasil, somando assim oito infectados confirmados, e permanece com 30 casos suspeitos da nova gripe. Os casos estão sendo investigados em dez estados e no Distrito Federal pelo Ministério da Saúde.
No dia 30 de maio o Brasil registrou mais 4 casos da gripe A (H1N1), subindo o total de infectados para 20. Os estados afetados são: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Até o dia 14 de junho, o Brasil anunciou que o número de infectados era de 69 em todo o país.[6]"Os 11 últimos pacientes foram infectados pelo vírus (H1N1) no exterior. Todos os pacientes estão sob tratamento e agora passam bem", disse o ministério da saúde para confirmar que somente em 17 dos 69 casos houve "contágio interno".[7]
Em 28 de junho, o país confirma um total de 627 casos da gripe,[8] e a primeira suspeita de morte causada pela doença também é anunciada, no estado do Rio Grande do Sul. Segundo o divulgado, Michael Glenn Brannan de 58 anos, estadunidense, teria sido a vítima do vírus H1N1, mas o caso não foi confirmado.[9]
Em 25 de abril, duas pessoas que chegaram do México ao Brasil com sintomas de uma doença indefinida foram hospitalizadas em São Paulo. Inicialmente, suspeitava-se que estavam infectadas com o vírus da gripe A.[10] Mais tarde, o Ministério da Saúde divulgou um comunicado à imprensa afirmando que, embora a causa exata das doenças dos dois pacientes permanecesse desconhecida, eles "não atendiam à definição de casos suspeitos de gripe suína porque não apresentavam sinais e sintomas consistentes com a doença: febre acima de 39ºC, acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações".[11]
No dia 26 de abril, foram veiculados avisos sonoros nos cinco aeroportos que recebiam voos internacionais procedentes do México e dos Estados Unidos, principais países afetados. Os avisos, contendo informações sobre sinais, sintomas e orientações aos viajantes, foram veiculados nos aeroportos internacionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Manaus e Fortaleza.[11]
O comunicado também informava que os aeroportos monitorariam os viajantes que chegavam das áreas afetadas, sob a direção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As tripulações aéreas também foram treinadas sobre sinais e sintomas da gripe suína, para que os passageiros que apresentam sintomas possam receber orientações da Anvisa na chegada.
Em 7 de maio, o então ministro da saúde José Gomes Temporão confirmou os primeiros casos no Brasil. Trata-se de 4 pessoas cujo 3 estavam em viagem no México e o outro nos Estados Unidos, 2 dos 4 casos foram registrados em São Paulo, 1 no Rio de Janeiro e o outro em Minas Gerais.[12]
Em 8 de maio, é confirmado o primeiro caso de transmissão comunitária no Brasil, o paciente teve contato com um amigo que foi infectado no México e contraiu a doença.[13]
Em 11 de junho, após a Organização Mundial da Saúde declarar uma pandemia de gripe suína, o Ministério da Saúde confirmou 52 casos no Brasil.[14]
Até então, em 17 de junho, 7 estados e o Distrito Federal tinham casos confirmados de gripe suína, sendo o estado de São Paulo o mais afetado com 27 casos. Ao todo, o país já tinha 79 casos confirmados e 96 casos suspeitos.[15][16]
Em 23 de Junho, a mineradora Vale fecha o 30º andar de um prédio no Rio de Janeiro com a confirmação de que um dos trabalhadores tem gripe A; outros 90 funcionários ficaram de quarentena em suas casas e em observação porque tiveram contato com o funcionário infectado.[17]
Em entrevista no dia 26 de junho, o Ministro da Saúde disse "Temos um grande aumento no número de casos nos próximos dias". O ministro atribuiu essa visão à chegada do inverno, ao crescente número de casos no mundo e ao início do feriado. Mais uma vez enfatizou que a situação do Brasil é de tranquilidade. "A situação é de tranquilidade. É uma doença que não apresenta diferenças significativas de uma gripe comum". O ministro também disse que três medidas serão tomadas pelo governo para maior controle da gripe suína no Brasil. A primeira é que o medicamento para combater a doença só será usado em pacientes com piora da saúde nas primeiras 48 horas desde a apresentação inicial dos sintomas e pessoas em risco de apresentar uma condição clínica grave - em crianças de até dois anos, pessoas acima de 60 anos, mulheres grávidas e que sofrem de imunossupressão. O objetivo da iniciativa é evitar o uso indevido do produto e que vírus crie resistência ao medicamento, hoje considerado eficaz. O ministério também orientará estados e municípios com parâmetros básicos sobre a suspensão ou não de atividades em locais ou grupos públicos. No Brasil, 65% dos casos contraíram a gripe fora do país e apenas 26% no exterior.[16][18]
4 escolas anteciparam as férias com a confirmação de um caso de gripe suína em cada uma, três delas são de São Paulo e o outro em Minas Gerais. Uma universidade em São Paulo também foi fechada. Em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, o prefeito declarou estado de emergência, porque provavelmente 17 pessoas que vivem na cidade têm gripe A e contraíram a doença no Brasil, um caso foi confirmado. O Ministro da Saúde decidiu alertar o público para adiar viagens aos Estados Unidos, México, Austrália, Chile e Argentina, a maioria dos casos no Brasil veio desses países. 2 pessoas no Rio Grande do Sul estão em estado grave, uma delas é uma menina de 14 anos.[19]
No dia 28 de junho, foi registrado a primeira morte pela gripe suína no Brasil, um jovem de 29 anos que foi infectado na Argentina morreu em Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Ele havia apresentado sintomas pela primeira vez em 15 de junho durante uma viagem ao país.[20] No entanto, um turista americano morreu no dia 27 de junho no Rio Grande do Sul com suspeita de gripe A, ele era engenheiro, tinha 58 anos, era hipertenso e diabético. Ele pode ter sido a primeira vítima fatal pela doença no Brasil, mas o caso não foi confirmado.
No dia 10 de julho, a Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou a primeira morte no estado em decorrência da gripe suína. Uma menina de 11 anos faleceu no dia 30 de junho, em Osasco; ela morreu dois dias após apresentar sintomas[21] Foi a segunda vítima a morrer no país por causa da doença.[22]
Em 16 de julho, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirma o surto de gripe suína no país, o vírus já circula livremente pelo Brasil.[23]
Em 17 de agosto, os alunos das escolas públicas retornam às aulas após duas semanas, devido à pandemia. Todas as escolas de São Paulo receberam álcool e sabão líquido.
Em 26 de agosto, o Ministro da Saúde registrou 557 mortes por gripe suína no país. Este anúncio levou o Brasil a superar os Estados Unidos em número de mortes por gripe suína e a se tornar o país com mais mortes por pela doença no mundo.[24]
Em 16 de junho, pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, disseram ter identificado um "número discreto de alterações" no vírus Influenza A (H1N1), depois de isolar uma amostra obtida na cidade e compará-la com a primeira cepa identificada, nos Estados Unidos. A análise da variedade, batizada de "Influenza A/São Paulo/H1N1", não mostrou uma infectividade mais alta do que o tipo identificado na Califórnia, relataram os pesquisadores.
Os cientistas brasileiros conseguiram isolar e descrever uma sequência genética do vírus Influenza A e detectaram uma mutação. Técnicos do Instituto Adolfo Lutz, do Ministério da Saúde do Estado de São Paulo, relataram em entrevista coletiva que, pela primeira vez, foram capazes de caracterizar o vírus A H1N1. "Este trabalho é extremamente importante para monitorar o comportamento do vírus, o que contribuirá para a produção da vacina e para avaliar a resposta aos medicamentos antivirais", disse o coordenador do Departamento de Controle de Doenças da São Paulo.
A primeira morte pela gripe suína no país foi confirmada em 28 de junho, quando um caminhoneiro de Erechim que havia viajado para Buenos Aires, veio a falecer.[25]
No dia 10 de julho, a Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou a primeira morte no estado em decorrência da gripe suína. Uma menina de 11 anos, moradora faleceu no dia 30 de junho, em Osasco.[21] Foi a segunda vítima a morrer no país por causa da doença.[26]
Em 13 de julho foi confirmada a terceira morte no país: um garoto de 9 anos, morador de Sapucaia do Sul (RS), que morreu no dia 5 de julho em Porto Alegre.[27][28]
Em 14 de julho foi registrada a quarta morte: Um vendedor de 28 anos da cidade de Botucatu, no interior paulista, morreu em 10 de julho.[29]
Em 16 de julho foram confirmadas 7 mortes causadas pela gripe suína no país. No Rio Grande do Sul foi confirmada a morte de um caminhoneiro de cerca de 35 anos que estava internado no hospital Santa Casa de Uruguaiana.[30][31] No mesmo dia, a Secretaria municipal de Saúde da cidade do Rio de Janeiro confirmou a primeira morte por gripe suína do estado do Rio de Janeiro. Segundo o secretário Hans Dohmann, a vitima foi uma mulher de 37 anos que adoeceu no dia 3 e morreu no dia 13 com diagnóstico de pneumonia.[32][33] Em Osasco, a prefeitura da cidade confirmou a morte de um homem de 21 anos.[34] Antes que a tarde terminasse, o secretário municipal de Saúde de Passo Fundo confirmou que mais duas pessoas morreram. No Hospital Universitário de Santa Maria (RS) também foi confirmada mais duas mortes: um homem de 36 anos no dia 11 e um de 24 anos no dia 15. Com estes, o número de mortos no Brasil chega a onze.[35]
No dia 19 de julho, são confirmadas mais 4 casos no Rio Grande do Sul: duas em Uruguaiana, uma em Santa Maria e outra em São Borja, subindo para quinze o número de mortes decorrentes da nova gripe.[36]
Em 21 de julho foram confirmados mais cinco casos de mortes no estado de São Paulo.[37] No mesmo dia a Secretaria da Saúde do Paraná informou que recebeu do Ministério da Saúde a confirmação da primeira morte no estado.[38] Em Osasco foi confirmada mais uma morte.[39]
Em 22 de julho foram confirmadas mais três mortes no estado de São Paulo e mais 4 na cidade do Rio de Janeiro.[40][41]
Em 24 de julho o estado de São Paulo confirma o total de 16 mortes, elevando o número no país para 33 casos fatais confirmados.[42] No mesmo dia foi anunciado que o começo das aulas no Distrito Federal seriam prorrogadas para que professores recebessem treinamento sobre a gripe.[43]
Em 26 de julho foram confirmadas mais 5 mortes no Rio Grande do Sul, elevando o número no país para 38 casos fatais confirmados.[44]
Em 27 de julho, são registradas mais duas mortes em Osasco, três em Curitiba uma em São Carlos, e uma em Mogi-Guaçu. O total no país chega a 45.[45][46][47][48]
Em 28 de julho, a primeira morte no Nordeste do país é registrada no estado da Paraíba.[49] O governo do Estado de São Paulo, e os governos de várias cidades do estado decidem suspender a volta as aulas até 17 de agosto; a medida atinge mais de 5 milhões de estudantes.[50] Ainda no mesmo dia os casos fatais da gripe suína subiram para 56 no país.[51]
Em 29 de julho, com mais duas mortes confirmadas em São Paulo e mais duas no Rio Grande do Sul, os casos fatais no Brasil chegam a 60 mortes.[52][53][54]
Em 2010 o número de mortes confirmadas no Brasil foram de 104. Neste mesmo ano uma grande campanha nacional mobilizou o país a favor da vacinação em massa.
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul anunciou que até o dia 1º de julho de 2011, o número total de mortes confirmadas pelo vírus já eram de 7 e dos 536 casos suspeitos, 37 foram confirmados.[55]
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