Semiótica social
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A semiótica social, por vezes também denominada sociossemiótica,[1] é uma abordagem que investiga práticas humanas de "fazer significar" em circunstâncias sociais e culturais específicas, tentando explicar a criação de significados a partir da prática social. A semiótica, tal como originalmente definida por Ferdinand de Saussure, é "a ciência da vida dos signos em sociedade". A semiótica social se expande sobre as ideias fundadoras de Saussure explorando as implicações do fato de que os "códigos" de linguagem e comunicação são formados por processos sociais. A implicação crucial aqui é que os significados e os sistemas semióticos são moldados pelas relações sociais e que, à medida que o poder se desloca na sociedade, nossas línguas e outros sistemas de significados socialmente aceitos podem e devem mudar.
A semiótica social é, portanto, o estudo das dimensões sociais dos significados e também o estudo do poder dos processos de significação e interpretação humanos na formação de indivíduos e sociedades. Ela centra-se nas práticas sociais de criação de significados de todos os tipos, sejam eles visuais, verbais ou aurais[2]. Esses diferentes sistemas para a construção de significados, ou os possíveis "canais" (e.g. discurso, escrita, imagens) são conhecidos como modos semióticos. Modos semióticos podem incluir recursos comunicativos como os visuais, verbais, escritos, gestuais ou musicais - isto é, a comunicação pode ser multimodal.[3]