Sentinelas Silenciosas
De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
As Sentinelas Silenciosas, também conhecidas como Sentinelas da Liberdade,[1][2][3] eram um grupo de mais de duas mil mulheres a favor do sufrágio feminino. Organizado pela sufragista Alice Paul e pelo Partido Nacional da Mulher, o grupo fez protestos na frente da Casa Branca durante a presidência de Woodrow Wilson, iniciados em 10 de janeiro de 1917.[4] Quase quinhentas mulheres foram detidas, e 168 foram cumpriram pena na prisão.[1][2][3] Elas foram o primeiro grupo a fazer um piquete de greve na Casa Branca.[1][3] Posteriormente as mulheres também protestaram na Praça Lafayette, em Washington, até 4 de junho de 1919, quando a décima nona emenda à Constituição dos Estados Unidos foi aprovada tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado.
As Sentinelas iniciaram seus protestos após uma reunião com o presidente em 9 de janeiro de 1917, durante a qual ele disse às mulheres para "conciliarem a opinião pública em nome do sufrágio feminino".[5] As manifestantes serviram como um lembrete constante para Wilson de sua falta de apoio ao sufrágio. A princípio, as piqueteiras foram toleradas, mas depois foram presas sob a acusação de obstrução do trânsito.
O apelido de "Sentinelas Silenciosas" foi dado ao grupo pela sufragista Harriot Stanton Blatch por causa da sua forma silenciosa de protestar.[6] Usar o silêncio como forma de protesto era uma estratégia nova de retórica dentro do movimento sufragista dos Estados Unidos.[5] Ao longo dessa vigília, que durou dois anos e meio, muitas das mulheres[7] que participaram do piquete foram assediadas, detidas e tratadas injustamente pelas autoridades locais e federais, incluindo tortura e abuso infligido a elas antes e durante a Noite do Terror, em 14 de novembro de 1917.