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O sisal (Agave sisalana , família Agavaceae) é uma planta originária da América Central,[1] utilizada para fins comerciais.
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Agosto de 2015) |
Sisal | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Agave sisalana Perrine |
O A. sisalana é cultivado em regiões semiáridas. No Brasil, os principais produtores são os estados da Paraíba e da Bahia, neste último, especialmente na região sisaleira, onde está localizado o maior polo produtor e industrial do sisal do mundo, as cidades de Valente, Queimadas, Santaluz, Retirolândia, São Domingos, Araci e Conceição do Coité.
Em Valente encontram-se algumas das maiores indústrias têxteis de sisal do mundo, a empresa Hamilton Rios e APAEB. produzindo carpetes, tapetes, capachos e fios.
Em Conceição do Coité encontram-se as principais batedeiras e indústrias de beneficiamento da fibra de sisal, destacando-se a Hamilton Rios, Cotesi do Brasil, Sisalgomes, Sisaex e Fibraex, que além do beneficiamento da fibra, produzem fios e cordas de sisal, que são exportados para diversos países.
Em Riachão do Jacuípe está uma das maiores empresa exportadoras de sisal, a SISALL - All About sisal fiber.
Santaluz foi a primeira cidade a investir no plantio em grande escala para a comercialização, tendo em sua principal praça um busto de José Araújo Goes que trouxe o Sisal para região do semiárido brasileiro, tendo plantado a primeira muda na cidade. Santaluz também contou com as maiores batedeiras de sisal da Bahia nas décadas de 60, 70, 80 e 90; destaca-se a batedeira de Luiz Campelo LTDA, falida em 1990.
As cordárias destas empresas, em seu auge chegou a exportar o ouro nordestino para países do continente africano, EUA, e França.
Do sisal, utiliza-se principalmente a fibra das folhas que, após o beneficiamento, é destinada majoritariamente à indústria de cordoaria (cordas, cordéis, fios, tapetes etc.).
O sisal é uma planta originária do México. Os primeiros bulbilhos da Agave sisalana foram introduzidos na Bahia, em 1903, pelo Comendador Horácio Urpia Júnior nos municípios de Madre de Deus e Maragogipe, trazidos provavelmente da Flórida, através de uma firma americana, foi difundido inicialmente no estado da Paraíba e somente no final da década de 30 na Bahia. Atualmente o Brasil é o maior produtor de sisal do mundo e a Bahia é responsável por 90% da produção da fibra nacional.
O sisal teve seu apogeu econômico durante a Crise do Petróleo nas décadas de 60 e 70. A utilização das fibras sintéticas, porém a necessidade de preservação da natureza e a forte pressão dos grupos ambientalistas vem contribuindo para o incremento da utilização de fios naturais.
O ciclo de transformação do sisal em fios naturais tem início aos 3 anos de vida da planta, ou quando suas folhas atingem até cerca de 140 cm de comprimento que podem resultar em fibras de 90 a 120 cm. As fibras representam apenas 4 a 5% da massa bruta da folha do sisal. As folhas são cortadas a cada 6 meses durante toda vida útil da planta que é de 6/7 anos. Ao final do período é gerada uma haste (inflorescência), a flecha, onde surgem as sementes de uma nova planta. Uma característica da família é que a planta morre após gerar as sementes.
O sisal pode ser colhido durante todo o ano: para isto ser possível, não são destacadas do caule as folhas mais novas.
É uma planta resistente à aridez e ao sol intenso do sertão nordestino. É a fibra vegetal mais dura que existe.
O sisal faz parte da cadeia de fibras naturais do Brasil, e está presente na Câmara Setorial de Fibras Naturais do Ministério da Agricultura, fazendo parte das fibras da Associação Brasileira da Indústria e dos Produtores da Bambu e Fibras Naturais.
Os principais produtos são os fios biodegradáveis utilizados em artesanato; no enfardamento de forragens; cordas de várias utilidades, inclusive navais; torcidos, terminais e cordéis. O sisal também é utilizado na produção de estofos; pasta para indústria de celulose; produção de tequila; tapetes decorativos; remédios; biofertilizantes; ração animal; adubo orgânico e sacarias. As fibras podem ser utilizadas também na indústria automobilística, substituindo a fibra de vidro.
Uma fibra sintética demora até 150 anos para se decompor no solo, enquanto a fibra do sisal, em meses, torna-se um fertilizante natural.
Atualmente a Tanzânia, Quênia, Uganda (África Oriental) e Brasil, fazem parte dos maiores cultivadores de sisal do mundo. Também são de destaque os países: Angola, México e Moçambique.
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