União Ibérica
união política dos reinos de Portugal e Espanha entre 1580 e 1640 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
União ibérica foi a unidade política que regeu a Península Ibérica de 1580 a 1640,[1] resultado da união dinástica entre as monarquias de Portugal e da Espanha após a Guerra da Sucessão Portuguesa.[2] Na sequência da crise de sucessão de 1580 em Portugal, uma união dinástica que juntou as duas coroas, bem como as respectivas possessões coloniais, sob o controle da monarquia espanhola durante a chamada dinastia Filipina. O termo união ibérica é uma criação de historiadores modernos.
União Ibérica Unión Ibérica | |||||
União Dinástica entre Portugal e Espanha | |||||
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Continente | Europa, América, África, Ásia e Oceania. | ||||
Capital | Madrid e Lisboa | ||||
Língua oficial | Espanhol e Português | ||||
Religião | Catolicismo Romano | ||||
Governo | União Dinástica Monarquia Absoluta | ||||
Rei | |||||
• 1580-1598 | Filipe I de Portugal e II de Espanha | ||||
• 1598-1621 | Filipe II de Portugal e III de Espanha | ||||
• 1621-1640 | Filipe III de Portugal e IV de Espanha | ||||
História | |||||
• 1580 | União Dinástica entre as Monarquias de Portugal e Espanha. | ||||
• 1640 | Dissolução | ||||
Área | 27 000 000 km² | ||||
Moeda | Dobrão Espanhol e Real Português |
Sancho III de Navarra e Afonso VII de Leão e Castela tomaram ambos o título de Imperator totius Hispaniae, que significa "Imperador de Toda a Hispânia".[nota 1] A união poderia ter sido alcançada antes se Miguel da Paz (1498-1500), Príncipe de Portugal e das Astúrias, filho do primeiro casamento do rei D. Manuel I com a infanta Isabel de Aragão, tivesse chegado a ser rei, mas este morreu na infância.
A história de Portugal desde a crise de sucessão iniciada em 1578 até aos primeiros monarcas da dinastia de Bragança foi um período de transição. O Império Português estava no auge no início deste período.
Ao longo do século XVII, a crescente predação às feitorias portuguesas no Oriente por holandeses, ingleses e franceses, e a rápida intrusão no comércio atlântico de escravos, minou o lucrativo monopólio português no comércio oceânico de especiarias e no tráfico de escravos, iniciando um longo declínio. Em menor medida, o desvio de riqueza de Portugal pela monarquia dos Habsburgo para sustentar o lado católico na Guerra dos Trinta Anos, também criou tensões dentro da união, embora Portugal tenha beneficiado do poderio militar espanhol para ajudar a manter o Brasil e impedir o comércio holandês. Estes eventos, e aqueles que ocorreram no final da dinastia de Aviz e no período da união ibérica, levaram Portugal a um estado de dependência das suas colónias, primeiro da Índia e depois o Brasil.