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Unidade militar Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O 11º Batalhão de Infantaria de Montanha (11º BI Mth) é uma unidade do Exército Brasileiro, especializada em combate em ambiente de montanha, aprimorando e desenvolvendo técnicas especiais de operações em montanha e utilizando-se de equipamentos e armamentos específicos a este teatro de operações.
11º Batalhão de Infantaria de Montanha | |
---|---|
Estado | Minas Gerais |
Subordinação | 4.ª Brigada de Infantaria Leve (Montanha) |
Sigla | 11º BI Mth |
Comando | |
Comandante | Coronel Moisés Felipe Gervazoni Viana[1] |
O Batalhão ensina suas técnicas especiais a outras unidades militares brasileiras, que vão frequentar seus cursos e estágios, auxilia o treinamento das unidades integrantes da Força de Ação Rápida Estratégica do Exército, tais como a Brigada de Operações Especiais, Brigada de Infantaria Paraquedista e a 12.ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel).
Também multiplica suas técnicas de operações em montanha a outras unidades de elite da Marinha e da Força Aérea, bem como a unidades especiais das Forças Auxiliares, como o Batalhão de Operações Policiais Especiais da PMERJ.
Localizado em São João del Rei, no estado de Minas Gerais, está subordinado à 4.ª Brigada de Infantaria Leve (Montanha), sediada em Juiz de Fora.[2]
A unidade remonta a 1888, criada em Rio Pardo, na então Província do Rio Grande do Sul, como 28º Batalhão de Infantaria.
À época da República Velha, serviu na Campanha de Canudos, no sertão da Bahia, tendo sido transferida, ao retornar, para São João del Rei em 1897.
Em 1909, passou a ser denominada como 51º Batalhão de Caçadores e, em 1920, recebendo o reforço do 54º Batalhão de Caçadores, se estruturou como 11º Regimento de Infantaria.
Do passado remoto e recente do 11º BI Mth extraem-se episódios marcantes, entre os quais se destacam:
Cabe ressaltar a sua recente participação em Missão de Paz da ONU, com uma expressiva representação de 147 militares, que integraram o Batalhão de Força de Paz em Angola, no período de fevereiro a agosto de 1996.
Atualmente, o "Onze" é a referência do montanhismo militar no Exército Brasileiro, única unidade a desenvolver as técnicas e as táticas do combate em terreno montanhoso.
Em face da missão recebida do Estado-Maior do Exército (EME), em 1997, o 11º BI Mth transformou-se na Unidade pioneira do montanhismo militar do Exército Brasileiro para a aplicação e para o desenvolvimento das técnicas exigidas pela especialização.
O Batalhão serve de organização experimental para a aplicação da doutrina de operações em montanha. Assim, tem participado de intercâmbios de instrução na América do Sul, nos Estados Unidos da América e na Europa, enviando oficiais e sargentos para a aquisição e o aperfeiçoamento de novas técnicas de montanhismo.
Fruto dessa especialização, o 11º BI Mth transformou-se em Unidade-Escola.
Atualmente, desenvolve os seguintes estágios ministrados pela Seção de Instrução de Montanhismo (SIM) aos militares da tropa de montanha e tropas especiais do Exército, Marinha, Força Aérea e Forças Auxiliares de diversos estados.
Como Unidade peculiar que se tornou, o 11º BI Mth passou a apoiar diversos pedidos de cooperação de instrução das diversas escolas de formação e aperfeiçoamento do Exército, tanto para as aplicações das técnicas de montanhismo, quanto para a realização de exercícios táticos na região de montanha de São João del-Rei.
Na busca incessante do seu aperfeiçoamento, o Batalhão procurou adquirir equipamentos dos mais modernos para a atividade de montanhismo. Atualmente, a sua Seção de Intrução de Montanhismo está dotada com material suficiente para equipar um Batalhão de Infantaria de Montanha, de modo a torná-la capaz de atuar em operações ofensivas e defensivas, em terreno montanhoso.
A participação do "Onze" na Segunda Guerra Mundial foi, sem dúvida, o capítulo mais importante em sua história. Como destaque tem-se a conquista da localidade de Montese, situada em terreno montanhoso e fortemente defendida pelos alemães como último baluarte a barrar o avanço das tropas aliadas na direção do Vale do Pó. No dia 14 de Abril de 1945, o maciço de Montese transformou-se no palco da mais árdua e sangrenta batalha das armas brasileiras na Itália, no dizer do próprio Comandante da FEB, Marechal Mascarenhas de Morais. Um pelotão do 11º RI foi o primeiro a entrar na cidade de Montese, avançando em ofensiva e infiltrando-se nas linhas inimigas. Neste combate houve uma homenagem prestada pelos alemães a três soldados brasileiros que, em missão de patrulha, não se sabe a história correta, mas constatou-se que ao se depararem com uma patrulha alemã, tendo recebido ordem para se renderem, atiraram-se ao chão e abriram fogo contra o inimigo, até acabar a munição. Não satisfeitos, armaram suas baionetas e avançaram contra a Companhia, perecendo face à superioridade numérica do inimigo;[3]
Porém, em uma nota divulgada pela diretoria do Exército, a história popular de que os "três de Montese" morreram em troca de tiros até as últimas munições contra alemães é falsa. Segundo o órgão máximo de pesquisa histórica do Exército Brasileiro, também não há "evidências históricas do enterro desses militares por parte dos alemães".[4][5]
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