Adderall
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Adderall[1] e Mydayis[3] são nomes comerciais[nota 2] de uma associação medicamentosa composta por quatro sais de anfetamina. Essa associação é formada por partes iguais de anfetamina e dextroanfetamina em suas formas racêmicas.[1] O medicamento final é composto por 75% de dextroanfetamina e por 25% de levanfetamina, que são dois enantiômeros da anfetamina. Esses enantiômeros agem como estimulantes, mas possuem um mecanismo de ação único, o que confere ao Adderall um perfil farmacológico distinto de outros medicamentos estimulantes, como os que são compostos apenas por anfetamina ou por dextroanfetamina em suas misturas racêmicas, que são comercializados, respectivamente, sob os nomes comerciais de Evekeo e Dexedrina/Zenzedi.[5] Adderall é utilizado no tratamento do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e da narcolepsia. Ele também é utilizado como intensificador do desempenho atlético, intensificador cognitivo e inibidor de apetite. Adderall é um estimulante do sistema nervoso central (SNC) que pertence à classe das feniletilaminas.[3]
Anfetamina/dextroanfetamina em forma de sais (1:1)[nota 1] Alerta sobre risco à saúde | |
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Outros nomes | Adderall, Adderall XR, Mydayis |
Identificadores | |
Número CAS | 300-62-9 |
PubChem | 3007 |
DrugBank | DB00182 |
ChemSpider | 13852819 |
ChEBI | 2679 |
Código ATC | N06BA02 |
Farmacologia | |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
Geralmente, o Adderall é eficaz e bem tolerado no tratamento dos sintomas do TDAH e narcolepsia. Em doses terapêuticas, o Adderall induz efeitos emocionais e cognitivos, como euforia, alterações na libido, aumento no estado de vigília e aprimoramento do controle cognitivo.[6] Nessas doses, também induz efeitos físicos, como aceleração do tempo de reação, resistência à fadiga e aumento da força muscular. Por outro lado, doses elevadas de Adderall podem prejudicar o controle cognitivo, causar rápida degradação muscular ou induzir sintomas de psicose (por exemplo, delírios e paranoia).[7] Os efeitos colaterais do Adderall variam bastante entre os indivíduos, mas os mais comuns são insônia, boca seca e perda de apetite. O risco de desenvolvimento de toxicodependência é insignificante quando o Adderall é usado conforme prescrito e em doses terapêuticas, como as que são utilizadas para tratar TDAH.[8][9] No entanto, quando o Adderall é usado diariamente em doses elevadas, há um risco significativo de desenvolvimento de toxicodependência que se deve, particularmente, aos estímulos reforçadores e ao desenvolvimento de tolerância medicamentosa.[10][11] Ainda, o uso recreativo de anfetamina envolve, geralmente, dosagens significativamente maiores do que as doses terapêuticas, o que também aumenta a incidência de efeitos colaterais graves.[12][13][14][15]
Os dois enantiômeros de anfetamina que compõem o Adderall, levanfetamina e dextroanfetamina, aliviam os sintomas do TDAH e da narcolepsia porque aumentam a atividade dos neurotransmissores noradrenalina e dopamina no cérebro. Em parte, esse efeito é resultado das interações dos princípios ativos com o receptor 1 associado a aminas traço (TAAR1) e com o transportador vesicular de monoamina 2 (VMAT2) nos neurônios.[16][17][18][19] Em comparação com a levoanfetamina, a dextroanfetamina é um estimulante mais potente, mas a levoanfetamina possui efeitos cardiovasculares e periféricos ligeiramente mais fortes e uma meia-vida de eliminação mais longa, permanecendo no corpo por mais tempo do que a dextroanfetamina.[20] A anfetamina, princípio ativo do Adderall, compartilha muitas propriedades químicas e farmacológicas com as aminas traço, particularmente com a fenetilamina e com a N-Metilfenetilamina (NMPEA), um isômero posicional da anfetamina.[10][20][21][22] Em 2017, Adderall foi a 27ª medicação mais prescrita nos Estados Unidos, contabilizando mais de 24 milhões de prescrições médicas.[23][24]