Amazonas (fragata)
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Amazonas foi uma fragata operada pela Armada Imperial Brasileira e por um curto período pela Marinha do Brasil, após a Proclamação da República em 1889. A nave de guerra foi construída nos estaleiros de Thomas Wilson Sons and Company em Birkenhead e Liverpool, Inglaterra, sendo lançada ao mar em agosto de 1851. A compra desta embarcação foi parte de um esforço do governo imperial em obter navios mais modernos devido à defasagem do país perante algumas potências estrangeiras. A Amazonas foi comissionada em 1852.
Amazonas | |
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Amazonas em destaque no quadro Combate Naval do Riachuelo, de Victor Meirelles. | |
Brasil | |
Operador | Armada Imperial Brasileira Marinha do Brasil |
Fabricante | Thomas Wilson Sons and Company |
Custo | £ 41 061 |
Homônimo | Rio Amazonas Província do Amazonas |
Lançamento | 25 de agosto de 1851 |
Comissionamento | 7 de abril de 1852 |
Descomissionamento | 1897 |
Número de registro | 62 |
Estado | Naufragado |
Características gerais | |
Tipo de navio | Fragata |
Deslocamento | 1 800 t (1 800 000 kg) |
Maquinário | 1 motor de tríplice expansão 1 condensador de superfície |
Comprimento | 56,88 m (187 ft) |
Boca | 9,81 m (32,2 ft) |
Pontal | 6,24 m (20,5 ft) |
Calado | 4,45 m (14,6 ft) |
Propulsão | mista velas e vapor; mastreamento a brigue-barca; maquina a vapor, acoplado a rodas de propulsão lateral. |
- | 350 cv (257 kW) |
Velocidade | 11 mph (17,70 km/h) |
Armamento | 4 canhões de calibre 68 em bateria 2 canhões de calibre 68 em rodízio |
Tripulação | 200 marinheiros em tempos de guerra |
Durante a expedição naval a Assunção (1854-1855), a fragata foi a responsável por atuar como navio capitânia da frota e levar um documento de exigências do governo imperial ao governo paraguaio sobre questões limítrofes e fronteiriças envolvendo a região do atual Mato Grosso do Sul. No trecho inicial, dentro do território paraguaio, o vaso encalhou devido ao seu grande porte e teve de ser rebocado de volta por navios paraguaios. Escoltou o navio que levou a família imperial em viagens pelo nordeste e pela província do Espírito Santo entre 1859 e início de 1860, eventos que tinham por finalidade o fortalecimento da monarquia perante os cidadãos brasileiros.
No final de 1863, a Amazonas integrou a frota imperial enviada para o rio Amazonas a fim de interceptar dois navios de guerra peruanos, Morona e Pastaza, que navegavam neste rio sem autorização. Em meados de 1864, compôs a esquadra brasileira na Missão Saraiva, que tinha por objetivo forçar o governo uruguaio a fazer reparações a brasileiros residentes neste país e que estavam sendo supostamente maltratados. Participou como nau capitânia em ações de combate contra navios uruguaios e bloqueio naval durante a Guerra do Uruguai.
Em 11 de junho de 1865, durante a Guerra do Paraguai, teve distinta atuação na Batalha Naval do Riachuelo, onde sozinha abalroou quatro embarcações paraguaias e mudou o destino do combate que, até então, estava tendo um resultado favorável para os paraguaios. Participou das ações navais na Batalha do Paso de Mercedes e do Paso de Cuevas. Após isso, passou por vários períodos de reparos entre 1867 e 1869. Ao final da guerra, encontrava-se atracada em Montevidéu. Em 1884 a embarcação foi designada navio instrução da Escola Prática de Artilharia e Torpedos. Durante a Revolta da Armada, em 1893, foi ocupada pelos rebeldes que a encalharam próximo à Ilha das Enxadas, Rio de Janeiro, e lá permaneceu até ser atingida por uma mina naval que a destroçou em 1897.