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Anna Murray-Douglass (Denton, c. 1813 — Washington, D.C., 4 de agosto de 1882) foi uma abolicionista estadunidense, participante da Underground Railroad, mais conhecida por ter sido a primeira esposa do líder negro Frederick Douglass.
Anna Murray-Douglass | |
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Nascimento | Anna Murray 1813 Denton (Maryland) |
Morte | 4 de agosto de 1882 (69 anos) Washington, D.C. |
Sepultamento | Cemitério Mount Hope |
Nacionalidade | norte-americana |
Cidadania | Estados Unidos |
Etnia | afro-americanos |
Cônjuge | Frederick Douglass (1838–1882) |
Filho(a)(s) | Rosetta, Lewis, Frederick Jr., Charles e Annie |
Ocupação | Abolicionista Empregada doméstica |
Causa da morte | acidente vascular cerebral |
Sua vida ilustra as dificuldades das mulheres que se casam com figuras públicas e famosas e acabam se distanciando do cônjuge.[1]
Seus pais Mary e Bambarra[nota 1] eram escravos na zona rural do Condado de Caroline em Maryland[2] que, pouco antes do seu nascimento foram alforriados, de forma que ela já nasceu livre apesar de viver num estado escravocrata.[1]
Ela passou a viver em Baltimore onde cresceu,[1] trabalhando como empregada doméstica.[3] Ali conheceu, de forma que a história não registrou claramente como isto se deu, o jovem calafate Frederick Augustus Washington Bailey, ainda escravo e seis anos mais novo que ela, a quem facilitou a segunda e bem sucedida tentativa de fuga dando-lhe dinheiro para comprar a passagem de trem e um disfarce de marinheiro.[1]
Assim que ele chegou a Nova Iorque ela foi para lá onde se encontraram e foram casados pelo célebre reverendo negro James William Charles Pennington,[1] em 15 de setembro de 1838.[2]
O casal então se mudou para uma comunidade Quaker em New Bedford onde adotaram o sobrenome Douglass e Frederick começou sua carreira como palestrante em defesa da abolição.[1]
Os cinco filhos do casal — três meninos e duas meninas: Rosetta, Lewis, Frederick Jr., Charles e Annie — nasceram entre 1839 e 1849; em 1847 se mudaram para Rochester onde Frederick começou a publicar seu jornal abolicionista The North Star.[1]
Anna foi-lhe sempre uma esposa fiel: trabalhava como empregada doméstica e cuidava dos filhos; contudo não se pode dizer que tinham um casamento feliz, pois ela não acompanhava o marido em sua trajetória: mesmo quando este recebia visitas ela se limitava a servir e cozinhar para os hóspedes e em seguida se retirava.[4] Ele chegou a contratar-lhe um professor, mas Anna revelou-se incapaz de aprender, de forma que Frederick sempre se sentiu solitário em casa,[4] com uma esposa que raramente participava da vida como ativista e um círculo cada vez maior de colegas abolicionistas brancos e negros, crescendo o abismo entre os dois.[1]
Após a morte da filha mais nova, Annie em 1860, sua saúde começou a se deteriorar.[1] Em 1877 o marido foi nomeado para cargos federais em Washington pelo presidente Hayes e com isto mudaram-se de forma definitiva para a capital a morar numa casa em Cedar Hill, apesar de o então subúrbio de Anacostia adotar medidas segregacionistas.[5][6] Helen já se encontrava praticamente inválida.[4]
Morreu em 4 de agosto de 1882 na casa de Cedar Hill, sendo contudo sepultada no Cemitério Mount Hope, em Rochester.[1] Pouco mais de um ano e meio após seu falecimento Frederick contraiu novas núpcias com uma mulher branca, Helen Pitts, que era muito mais nova que ele e fora sua funcionária, gerando grande escândalo na sociedade americana que vedava as uniões inter-raciais.[4]
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