Aquidabã
município brasileiro do estado de Sergipe Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Aquidabã é um município brasileiro no interior do estado de Sergipe.[5] A cidade faz parte da mesorregião do Agreste Sergipano e da microrregião de Nossa Senhora das Dores. Sua população, segundo o IBGE em 2013, é de 21 312 habitantes, sendo o 23º município mais populoso do estado de Sergipe. Sua área mede 359,543 km².
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | aquidabãense | ||
Localização | |||
Localização de Aquidabã em Sergipe | |||
Localização de Aquidabã no Brasil | |||
Mapa de Aquidabã | |||
Coordenadas | 10° 16′ 52″ S, 37° 29′ 40″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Sergipe | ||
Municípios limítrofes | Telha, Amparo de São Francisco, Canhoba, Itabi, Gracho Cardoso, Cumbe, Capela, Muribeca, Malhada dos Bois, Cedro de São João | ||
Distância até a capital | 98 km | ||
História | |||
Fundação | 4 de abril de 1882 (142 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Francisco Francimario Rodrigues de Lucena (Republicanos, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total | 359,543 km² | ||
População total (IBGE/2013[1]) | 21 312 hab. | ||
Densidade | 57,6 hab./km² | ||
Clima | Tropical seco, sub-úmido transição para semi-árido[2] (BSh, As´) | ||
Altitude | 180[2] m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,578 — baixo | ||
PIB (IBGE/2005[4]) | R$ 63.877 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2005[4]) | R$ 3 252,00 | ||
Sítio | https://aquidaba.se.gov.br/ (Prefeitura) |
História
Em 1590, Cristóvão de Barros doa por carta de sesmaria as terras do norte do estado a seu filho Antônio Cardoso de Barros. A região passou a ser ocupada por fazendas de gado, e foi criada uma estrada que cortava o sertão indo até o rio São Francisco. A povoação que viria a se tornar Aquidabã surgiu a partir de 1850 às margens desta estrada sertaneja. No local havia um cemitério onde estava erigida uma Cruz. O local fora então denominado de 'povoação do Cemitério'.
O povoado Cemitério passou a crescer e se desenvolver; em 1857 é criada a primeira escola pública de ensino primário. No local da Santa Cruz foi criada uma capela que passou a ter como padroeira Sant’Ana; assim em 11 de abril de 1872 por meio de resolução provincial criou-se o 'Distrito Cemitério de Sant’Ana', deixando de ser eclesiasticamente dependente de Santo Antônio do Propriá tendo como primeiro vigário o padre Benvindo Tita de Jesus.
Em 1877 uma lei Estadual passou a regulamentar o dia e o local da feira do distrito. Com a feira, o desenvolvimento chegou com força. Os habitantes de povoados vizinhos de Sítio do Meio (Muribeca), Tamanduá (Graccho Cardoso), Malhada dos Bois e Canhoba frequentavam o comércio do Distrito Cemitério de Sant’Ana.
Em 4 de abril de 1882 o distrito sobe à categoria de vila (desmembrado de Propriá e Capela) recebendo a denominação de 'Aquidabã', uma homenagem à vitória do Brasil na Guerra do Paraguai (o rio Aquidabã é afluente do rio Paraguai, e em suas margens foi travada em 1º de março de 1870 a batalha que pôs fim à Guerra do Paraguai). Curiosamente havia uma povoação vizinha, cuja rivalidade com o recém criado distrito de Aquidabã, lho imputou o nome de povoado Paraguai (hoje bairro Paraguai do município).
No entanto a vila de Aquidabã não foi oficialmente instalada na época. A Câmara de representantes locais não reconheceu a Proclamação da República, ficando a favor dos imperiais; despertando uma resposta por parte do Governo Estadual Sergipano que em 1898 decretou a intervenção de Aquidabã. A câmara é deposta, e Francisco Figueiredo é nomeado interventor, logo após cria-se o Conselho de Intendência composto por Antônio Inácio de Morais, Raimundo Ezequiel Henrique e Amaro Vieira dos Santos Maia.
Apesar de tudo, a localidade ganhava mais prosperidade com sua feira, que ganhou projeção em todo estado, atraindo pecuaristas e seus rebanhos para o comércio, um dos mais ricos da região; além do desenvolvimento da agricultura em suas terras férteis onde havia culturas de frutas, feijão, milho, mandioca, fumo e algodão.
Na década de 30 o Governador Eronildes de Carvalho foi grande impulsionador do progresso local, construindo estradas e muitas outras obras; servindo-se de Aquidabã como ponto de apoio nos planos de emancipação de sua terra natal Canhoba de Propriá. Em 8 de outubro de 1935, no seu governo, Aquidabã deixa de ser vila e passa a município. Seu primeiro prefeito eleito foi Acelino José da Costa.[6][7]
Passagens de Lampião
Segundo histórias populares Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião visitou a cidade duas vezes. No primeiro momento apenas foi conhecer o local; mas em 1936 invadiu, saqueou e cometeu atrocidades. Teria se hospedado na casa de um coiteiro (indivíduo que fornecia proteção aos cangaceiros) no povoado Cruz Grande e invadido a sede municipal pela manhã com um bando de 50 homens.
A cidade estava quase deserta pois souberam de sua chegada; o delegado e homens importantes da região haviam fugido. O bando se dirigiu ao centro da cidade onde estavam os armazéns de algodão, as casas comerciais e as residências dos mais ricos; Lampião jogava moedas às crianças para conquistá-las. Em frente a um armazém teriam matado a punhaladas um homem louco; o cangaceiro Zé Baiano teria marcado a ferro quente as nádegas de algumas moças, outras foram estupradas pelo bando; teriam ameaçado um casal com filho recém-nascido, além de cortarem a orelhas de dois irmãos que recolhiam as moedas jogadas às crianças. O bando afinal deixou a cidade, mas alguns moradores armados os seguiram e travaram um pequeno tiroteio com os cangaceiros retardatários, aonde Gustavo Guimarães, cidadão aquidabãense de família tradicional do município, acertou um tiro e matou um deles.[7]
Prefeitos
Francisco Xavier Figueiredo 1895 - 1899
Manoel Xavier Figueiredo 1899 - 1903
Manoel Dias Guimarães 1911 - 1915
Manoel Messias Leite 1915 - 1919
Manoel Cândido 1919 - 1923
Emiliano Guimarães 1923 - 1927
Juarez Figueiredo 1927 - 1931
Domingos Maia 1931 - 1933
Clementino Azevedo 1933 - 1935
Acelino Costa (primeiro eleito) 1935 - 1938
Rosalvo Figueiredo 1938 - 1940
Elizete Figueiredo (primeira mulher) 1938 - 1940
Aldon Figueiredo 1940 - 1945
Inephânio Cardoso 1945 - 1947
Manoel Ventura Costa 1947 - 1947
Sebastião Figueiredo 1947 - 1951
José Afonso de Souza 1951 - 1955
Estácio Vieira da Cruz 1956 - 1959
Clóvis Ribeiro Aragão 1960 - 1963
Vilobaldo Cardoso 1964 - 1967
Jackson de Sá Figueiredo 1967 - 1967
Moisés Gomes Feitosa 1968 - 1971
Rubens Oliveira 1971 - 1973
Manoel Iolando Feitosa 1974 - 1977
Rubens Oliveira 1978 - 1983
Manoel Joaquim Porto 1984 - 1988
José Carlos dos Santos 1989 - 1992
Manoel Joaquim Porto 1992 - 1996
Manoel Messias dos Santos 1996 - 1996
José Carlos dos Santos 1997 - 2000
Eurico de Souza Filho 2001 - 2004
Eurico de Souza Filho (primeiro reeleito) 2005 - 2008
Marcos José Barreto 2009 - 2012
Carlos André de Moura 2013 - 2013
José Carlos dos Santos (primeiro com três mandatos) 2013 - 2016
Francisco Francismário Rodrigues de Lucena 2017 - 2020
Francisco Francismário Rodrigues de Lucena 2021 - 2024
Diogo Barbosa Souza 2024 -
Demografia
Ano | Pop. | ±% |
---|---|---|
1940 | 13 802 | — |
1950 | 17 477 | +26.6% |
1960 | 15 122 | −13.5% |
1970 | 15 910 | +5.2% |
1980 | 16 125 | +1.4% |
1991 | 16 365 | +1.5% |
2000 | 18 344 | +12.1% |
2010 | 20 056 | +9.3% |
2022 | 20 131 | +0.4% |
Censo demográfico brasileiro[8] |
Geografia
Parte de seu território encontra-se dentro do polígono das secas, com temperaturas médias anuais de 25,1°C e precipitação média de chuvas de 897,8 mm/ano. Seu relevo apresenta colinas e tabuleiros nos rios, e os solos são férteis de consistência argilosa. A vegetação do município varia da Capoeira, Caatinga, Campos Limpos e Sujos. Aquidabã encontra-se em duas bacias hidrográfica: a do Japaratuba e a do São Francisco, seus principais afluentes na região são o rio Poção e o riacho Jacaré.[2]
Economia
As receitas municipais vêm principalmente da pecuária de bovinos, suínos e ovinos e avicultura de galináceos. A produção agrícola é principalmente de mandioca, milho, leite, abacaxi e feijão. Há uma progressão no comércio da região, enquanto que a indústria regional se mantém em declínio.[2]
Esporte
O município conta com duas praças esportivas, o Ginásio Poliesportivo Israel Mota de Oliveira, com capacidade para 4.000 pessoas sendo sede de tradicionais equipes do futsal sergipano, são elas, S.C.Corinthians Aquidabãense, São Paulo Aquidabãense F.C, C.A.Palmeirasbã e Moto Táxi F.C. O município também é sede da Associação Esportiva Força Jovem Aquidabã, clube de futebol profissional fundado em 2006 e que disputa a Série A2 do Campeonato Sergipano desde a edição de 2008.[9] A equipe manda seus jogos na outra praça esportiva do município, o Estádio Manoel Joaquim Porto, que tem capacidade para 2.000 pessoas.[10]
Referências
- «Estimativa Populacional 2016». Estimativa Populacional 2016. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 4 de outubro de 2013. Consultado em 19 de agosto de 2016
- Projeto Cadastro da Infra-Estrutura Hídrica do Nordeste[ligação inativa], Diagnóstico do Município de Aquidabã, 2002.
- «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 26 de agosto de 2013
- «Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 19 de dezembro de 2007. Consultado em 11 de outubro de 2008
- Acervo Biblioteca IBGE, Acervo documentação territorial: Aquidabã.
- CINFORM - História dos Municípios. Edição Histórica. Globo Cochrone. 2002
- https://www.ibge.gov.br/ Em falta ou vazio
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(ajuda) - «Clubes profissionais». Federação Sergipana de Futebol. Consultado em 21 de julho de 2011
- CBF (15 de setembro de 2009). «CNEF - Cadastro Nacional de Estádios de Futebol» (PDF). Consultado em 10 de novembro de 2009. Arquivado do original (PDF) em 14 de outubro de 2009
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