Arquétipo
conceito em psicologia, literatura, filosofia / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Arquétipo (do grego ἀρχή - arché: "princípio", "posição superior"; τύπος - tipós: "marca", "tipo") é um conceito que representa o primeiro modelo de algo, protótipo, ou antigas impressões sobre algo.[1] É explorado em diversos campos de estudo, como a filosofia, psicologia e a narratologia.
Na filosofia, o termo archetypos é usado por filósofos neoplatônicos, como Plotino, que segundo a concepção de Platão, designa as ideias como modelos originários de todas as coisas existentes.[1] Ele é recorrente também entre médio platônicos, como nas cartas de Cícero e em Plutarco.[2][3] Na filosofia teísta (crença em Deus) e vertentes, através da confluência entre neoplatonismo, ou platonismo cristão, e o cristianismo (aspectos espirituais e cosmológicos platônicos) o termo indica: ideias (primordiais) da mente de Deus.[1] Esta difundido por Santo Agostinho, provavelmente por influência dos escritos do filósofo neoplatônico Porfírio de Tiro, discípulo de Plotino.
Na psicologia analítica, é um conceito do suíço Carl Gustav Jung para se referir a conjuntos de imagens psicoides primordiais que dão sentido aos complexos mentais e às histórias passadas entre gerações, formando o conhecimento e o imaginário do inconsciente coletivo;[4] agem como estruturas inatas, imateriais, com que os fenômenos psíquicos tendem a se moldar, e servem de matriz para a expressão e desenvolvimento da psique. Também é associado a experiências universais, como nascimento e morte.[4] Jung cita precedentes do uso do termo entre Plotino, Fílon, Ireneu, Dionísio Areopagita e o Corpus Hermeticum.[5]