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Arquitetura indígena do Brasil
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A arquitetura índigena do Brasil é o estudo das formas de construção dos indígenas do país.[1]
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Dada a precariedade de fontes sobre as culturas indígenas brasileiras, há grande dificuldade em relatar cada uma das comunidades. No entanto, entre todo o território, elas possuíam entre si mais semelhanças do que diferenças, como seu modo de viver, habitações, cultos religiosos, caça e sistemas construtivos. Não há classes sociais entre os indígenas; todos tem os mesmos deveres e direitos com tratamento igualitário.
A arquitetura é feita de modo vernacular. O clima tropical, úmido, com temperaturas amenas fez com que não houvesse a necessidade de materiais mais elaborados. Antes da chegada europeia no território brasileiro, havia em torno de 5 milhões de nativos, estando divididos em comunidades ao longo da região brasileira. Contando com mais de 220 etnias, atualmente, o país soma mais de 454 mil índios.
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O modo de viver indígena é baseado em ocas e malocas, com certas peculiaridades entre algumas etnias, mas sendo seus sistemas construtivos bem parecidos. A forma mais simples das habitações indígenas são as ocas, uma casa unifamiliar, que podem possuir várias delas em uma única aldeia. Já a maloca é a unidade multifamiliar que consiste em uma junção das ocas, onde toda ou uma parte da comunidade vive nela. A tradição construtiva singular não significa que seja a única solução arquitetônica. Entre as etnias há diferenças na construção do espaço.
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As aldeias são formadas de modo bastante similar no território brasileiro. Primeiro uma pequena clareira é aberta, e as árvores de grande portes são cortadas para não caírem sobre as casas no futuro. Enquanto isso, a vegetação natural começa a cobrir o primeiro anel, dificultando a chegada aos mais externos. Do lado mais externo do círculo da aldeia, localiza-se a área destinada ao plantio. Quando o solo se exaure, um novo círculo externo é preparado. Passados ao redor de doze anos, as hortas estão ficam muito mais distantes e o anel original está mais denso, então a aldeia é abandonada.
A formação da aldeia pode também ser de forma externa, sendo circular, quadrada ou interna, com o centro de uma grande maloca. Sua organização sócio-espacial é formada por várias ocas, malocas ou um conjunto de malocas onde residem várias famílias, chegando a 400 pessoas, com suas variações. A forma mais simples nas habitações indígenas são as ocas. É importante ressaltar que tem um viés de generalização sobre os termos. Cada etnia possui seu próprio método e modo de viver.
As malocas são construções distribuídas ortogonalmente, formando uma grande praça central na qual atividades do cotidiano são realizadas, como festas, rituais sagrados e cerimônias. É dividida internamente pela estrutura do telhado em espaços quadrados. As ocas são unifamiliares e cada comunidade tem sua diferença na quantidade, qualidade e tecnologia arquitetônica na formação de sua comunidade. Quando alguma etnia não faz o uso de malocas, as ocas são ocupadas ao redor de um território afim de formar uma praça central.
A divisão da maloca era por zonas climáticas e não de atividades, a atividade adequada era executada em locais com temperaturas naturalmente ou artificialmente adequadas. Seu desenho interno tem significados especiais, permitindo reviver os grandes cerimoniais, trajetórias histórias e mitos da sociedade. Durante anos, as construções foram alvos de ataque por missionários, resultando em completo abandono.
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