Assassinato de George Floyd
assassinato de um afro-americano em 2020 em Minneapolis, Minnesota, Estados Unidos da América / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
George Floyd foi um afro-americano que foi assassinado em 25 de maio de 2020, depois que Derek Chauvin, então policial de Minneapolis, ajoelhou-se no pescoço dele durante oito minutos e quarenta e seis segundos, enquanto estava deitado de bruços na estrada.[2][3][4] Os policiais Thomas Lane e J. Alexander Kueng também ajudaram a conter Floyd, enquanto o policial Tou Thao estava perto e observava.[5] O assassinato ocorreu durante a prisão de Floyd em Powderhorn, Minneapolis, Minnesota, e foi gravado em vídeo nos celulares por vários espectadores.[6] As gravações em vídeo, mostrando Floyd dizendo repetidamente: "I Can’t Breathe!" ("Não consigo respirar") foram amplamente divulgadas nas plataformas de redes sociais e transmitidas pelos meios de comunicação do mundo inteiro.[6] Os quatro policiais envolvidos foram demitidos no dia seguinte.[7]
Assassinato de George Floyd | |
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O momento em que Floyd é imobilizado pelo policial Derek Chauvin | |
Hora | c. 20:00h (UTC−05:00) |
Data | 25 de maio de 2020 (3 anos) |
Local | Minneapolis, Minnesota, Estados Unidos |
Coordenadas | 44° 56′ 04″ N, 93° 15′ 45″ O |
Filmado por | Darnella Frazier[1] |
Participantes | Derek Chauvin Tou Thao Thomas Lane J. Alexander Kueng (policiais de Minneapolis) |
Mortes | 1 (George Floyd) |
Localização de Minneapolis, onde ocorreu o incidente, no condado de Hennepin e no estado de Minnesota. |
Na versão dos policiais, Floyd ficou sob custódia por supostamente tentar trocar uma nota falsa de 20 dólares em uma loja. Ele não ofereceu resistência, de acordo com as imagens. O ex-oficial Derek Chauvin respondia, até o momento da abordagem de Floyd, a 18 queixas e denúncias, envolvido em três tiroteios, um deles fatal, enquanto o ex-oficial Tou Chao, que junto a Chauvin tentava colocar Floyd na viatura, já contabilizava seis queixas e uma ação judicial por brutalidade.[8][9] O Federal Bureau of Investigation (FBI) está conduzindo uma investigação federal dos direitos civis sobre o incidente, a pedido do Departamento de Polícia de Minneapolis, ao passo que o Departamento de Apreensão Criminal de Minnesota (BCA) está investigando se houve possíveis violações dos estatutos de Minnesota.[10]
O assassinato de George Floyd gerou revolta social e uma onda de protestos antirracistas e contra a violência policial, primeiro em Minneapolis, depois por diversos outros estados e cidades do país, e pelo mundo. As manifestações e protestos foram inicialmente pacíficos, mas depois se dividiram, janelas de uma delegacia de polícia foram quebradas, uma loja da AutoZone foi incendiada e outras lojas foram saqueadas e danificadas nas áreas circundantes, por outro lado: Vários vídeos de violência policial surgiram durante os protestos pela morte do americano negro George Floyd. As autoridades reagiram através da utilização de gás lacrimogêneo e disparando balas de borracha contra a multidão.[11][12] Em oito dias de protestos seguidos contra o racismo e a violência policial, mais de 9 000 manifestantes foram presos, centenas ficaram feridos e alguns mortos só nos Estados Unidos.[13]
A morte de Floyd foi comparada à morte de Eric Garner em 2014, um homem negro desarmado que repetiu "Não consigo respirar" enquanto estava sendo sufocado pelos policiais[3] e também como continuação às lutas dos movimentos negros e civis nos Estados Unidos liderados por Martin Luther King Jr. e Malcolm X durante as décadas de 1950 e 1960.[14]
Em junho de 2021, o policial Derek Chauvin acabou sendo condenado a 22 anos de cadeia pelo assassinato de George Floyd.[15]