Copa João Havelange
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A Copa João Havelange foi a edição de 2000 do Campeonato Brasileiro de Futebol, a 45ª edição da competição, que foi extraordinariamente organizada pelo Clube dos 13, o qual lhe denominou em homenagem ao ex-presidente da CBF e da FIFA, João Havelange. Impossibilitada pela Justiça de organizar o campeonato, a CBF passou a responsabilidade ao Clube dos 13, mas este não pôde aplicar os critérios de acesso e descenso do ano anterior, o que acabou gerando o maior Campeonato Brasileiro de todos os tempos, reunindo 116 clubes de três divisões em um único torneio, dividido em quatro módulos na sua primeira fase. Antes do início, o C13 afirmou que não pretendia realizar uma segunda edição no ano seguinte, retomando à CBF o direito de organização.[1][2]
XLV Campeonato Brasileiro de Futebol | ||||
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Copa João Havelange | ||||
Dados | ||||
Participantes | 116 | |||
Organização | Clube dos 13 (C13) | |||
Local de disputa | Brasil | |||
Período | 29 de julho de 2000 – 18 de janeiro de 2001 | |||
Gol(o)s | 2970 | |||
Partidas | 1065 | |||
Média | 2,79 gol(o)s por partida | |||
Campeão | Vasco da Gama (4º título) | |||
Vice-campeão | São Caetano | |||
Melhor marcador | Adhemar (São Caetano) – 22 gols | |||
Público | 3 810 180 | |||
Média | 11 546 pessoas por partida | |||
Outras divisões | ||||
Módulo Azul | Cruzeiro | |||
Módulo Amarelo | Paraná | |||
Módulos Verde e Branco | Malutrom | |||
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O campeão foi o Vasco da Gama, que conseguiu o seu quarto título nacional, repetindo os feitos de 1974, 1989 e 1997. O vice-campeão foi o São Caetano, que havia sido fundado há pouco mais de 10 anos e que começou a disputa no Módulo Amarelo, mas que chegou à final eliminando clubes tradicionais como Fluminense, Palmeiras e Grêmio.
No fim do século XX, o Campeonato Brasileiro confirmou seu histórico de desorganização institucional, mas também se consolidou como o campeonato de futebol mais disputado do mundo: 16 clubes diferentes conseguiram o título de campeão brasileiro em apenas 45 edições. O campeonato foi finalizado apenas no ano seguinte, o que só voltaria a ocorrer na edição de 2020.
Uma das controvérsias do certame, em razão das disputas jurídicas do ano anterior, é a estruturação dos módulos, feita em conformidade às decisões judiciais que se seguiram ao Caso Sandro Hiroshi, observando-se a presença de clubes que não deveriam jogar a Série A de 2000, nos termos dos regulamentos de 1999, no Módulo Azul, grupo que na prática correspondia ao primeiro nível nacional daquele ano. A conturbada organização do torneio foi lida pela imprensa e profissionais do esporte como um ponto de virada para uma mudança na administração do futebol brasileiro.[3]
Apesar das polêmicas extra-campo e fórmula pouco convencional, foi um campeonato considerado qualificado tecnicamente.