Cartismo
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O cartismo foi um movimento operário[1] radical e reformista que surgiu na Grã-Bretanha na década de 1830 como resultado das consequências sociais e econômicas da Revolução Industrial.[2] Seu nome deve-se à Carta do Povo, documento escrito por William Lovett e Francis Place,[3] em 7 de junho de 1837, no British Coffee House em Londres para a London Working Men's Association (LWMA), que foi enviado ao Parlamento do Reino Unido em 1838 com seis petições:[3]
- Sufrágio universal masculino, um voto para cada homem com 21 anos de idade ou mais, em sã consciência e que não tenha sido punido por um crime
- Voto secreto
- Cancelar a qualificação da propriedade
- Pagamento aos membros do Parlamento, permitindo aos trabalhadores interromper o seu sustento para satisfazer as necessidades da nação
- Distritos eleitorais iguais, garantindo a mesma quantidade de representação para o mesmo número de eleitores
- Eleição anual
O cartismo foi promovido principalmente por Feargus O'Connor, orador e proprietário do jornal cartista Northern Star. [4] O cartismo mobilizaria a maioria dos trabalhadores e das classes populares com um objetivo político claro: a democratização do Estado e, ao contrário dos luditas, tinha uma natureza essencialmente política.
O cartismo não deve ser confundido com o cartismo desenvolvido em Portugal. Em Portugal, o termo cartismo foi designado a uma tendência mais conservadora dentro do liberalismo que surgiu após a revolução de 1820, centrada na Carta Constitucional de 1826.