Castelo de Cuéllar
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O Castelo de Cuéllar ou Castelo dos Duques de Alburquerque é o monumento mais emblemático da vila de Cuéllar, província de Segóvia, comunidade autónoma de Castela e Leão, Espanha.[1][2] É considerado Bem de Interesse Cultural desde 3 de Junho de 1931.[3]
Castelo de Cuéllar ou Castelo dos Duques de Alburquerque | |
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Castelo-Palácio dos duques de Alburquerque | |
Estilo dominante | Gótico, mudéjar e renascentista |
Início da construção | Século XI |
Proprietário atual | Juan Miguel Osorio y Bertrán de Lis |
Função atual | Escola Secundária |
Geografia | |
País | Espanha |
Coordenadas | 41° 24' 03" N 4° 19' 12" O |
Encontra-se em bom estado de conservação, e é composto por uma mistura de diferentes estilos arquitectónicos, que vão desde o século XIII ao XVIII, ainda que predomine o gótico e o renascentista. Trata-se de uma edifício militar que a partir do século XVI foi submetido a obras de ampliação e transformação, convertendo-se num sumptuoso palácio, propriedade do Ducado de Alburquerque. Nas suas diferentes etapas de construção, trabalharam mestres como Juan Guas, Hanequin de Bruxelas e o seu filho Hanequin de Cuéllar, Juan e Rodrigo Gil de Hontañón, bem como Juan Gil de Hontañón "o moço", ou Juan de Álava, entre outros.
Entre os seus antigos proprietários, destacam-se D. Álvaro de Lua e Beltrán da Gruta, bem como os sucessivos duques de Alburquerque. Os seus hóspedes mais ilustres foram os reis de Castela, como João I de Castela e sua esposa a rainha Leonor, que nele faleceu, ou Maria de Molina, que se refugiou neste castelo quando era recusada pelo seu reino. Também se destacam as figuras do pintor Francisco Javier Parcerisa, o escritor José de Espronceda, o general Joseph Léopold Sigisbert Hugo ou Arthur Wellesley, duque de Wellington, que esteve aquartelado no castelo com uma guarnição do seu seu exército durante a Guerra da Independência Espanhola.
Foi residência habitual dos duques de Alburquerque durante séculos, até que se mudaram para a Corte em Madrid, convertendo-o em palácio de lazer e férias, afastando-se, assim, lentamente, do edifício, facto que se acentua ainda mais quando a linha primogénita do ducado chegou ao fim, e a titularidade passou para a família Osorio, descendentes de Ambrosio Spinola, marquês dos Balbases. No final do século XIX, o edifício encontrava-se praticamente abandonado, e foi vítima de pilhagens. Em 1938, o edifício passou a ser uma prisão para presos políticos e, depois, um sanatório para presos tuberculosos, retomando mais tarde a sua utilização como prisão que funcionou até 1966.
Em 1972, a Direcção Geral de Belas Artes interveio, levando a cabo uma intensiva restauração, para instaurar nele um centro de Formação Profissional que, depois das novas legislações de Educação, se converte em instituto de Educação Secundária Obrigatória, actividade para a que é utilizado actualmente, entre outras.