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A celtologia ou estudos celtas é a disciplina acadêmica que trata de produtos culturais dos povos celtas, como linguística, literatura e história da arte, com foco no estudo das variadas línguas célticas, vivas ou extintas.[1]
Estudos escritos dos celtas, suas culturas e línguas datam da Antiguidade Clássica, provavelmente se iniciando com Hecateu de Mileto no século VI a.C., e tendo como maiores representantes autores como Políbio, Posidônio, Pausânias, Diodoro Sículo, Júlio César e Estrabão. A celtologia moderna iniciou-se entre os séculos XVI e XVII, associada à redescoberta, publicação e tradução destes autores, com estudiosos como George Buchanan (que estudou as línguas gaélicas) e Edward Lhuyd (o primeiro a reconhecer o parentesco próximo entre irlandês, gaulês e britônico, em sua Archaeologia Britannica, publicada em 1707).[1]
Os estudos de Sir William Jones no século XVIII sobre as línguas indo-europeias trouxeram maior atenção ao estudo da família celta, com progresso definitivo sendo mais tardiamente feito por Johann Kaspar Zeuss, que publicou sua monumental Grammatica Celtica entre 1851 e 1852, com uma gramática comparativa se valendo de diversas fontes primárias celtas, especialmente em irlandês antigo e galês médio.[1] Seu trabalho foi seguido por outros alemães, como Franz Bopp, creditado com ter dado as provas definitivas da filiação indo-europeia da família celta, e Kuno Meyer, que cofundou em 1869 o Zeitschrift für celtische Philologie, o primeiro periódico acadêmico de estudos celtas, sendo publicado até hoje.[2] O celtólogo alemão mais relevante provavelmente foi Rudolf Thurneysen, especialmente conhecido por seu extensivo estudo do irlandês antigo.[3]
Em 1874, John Rhys tornou-se o primeiro professor de estudos celtas na Universidade de Oxford.[4] Na mesma década, Henry Jenner iniciou seu interesse no córnico, sendo creditado como paragão de seu reavivamento na Cornualha.[5]
Hoje, há universidades oferecendo cursos e departamentos de celtologia no Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Espanha, França, Rússia, República Tcheca, Polônia e Austrália.[carece de fontes]
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