Civilização cicládica
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Civilização cicládica (também conhecida como cultura cicládica) é uma cultura da Idade do Bronze do mar Egeu que abrange nominalmente de aproximadamente 3000 - 2 000 a.C., embora tenha subexistido até 1 100 a.C.. Foi proposta pelo arqueólogo Christos Tsountas no final do século XIX, após as diversas descobertas nas ilhas Cíclades.[1] Durante parte de sua história influenciou a florescente Civilização Minoica como evidenciado pelas fontes arqueológicas (estatuetas importadas das Cíclades e imitações autóctones),[2][3] assim como o continente: no cemitério de Agio Cosmas, na Ática, foram encontrados túmulos contendo objetos cicládicos o que pode indicar uma colônia cicládica ou uma irradiação de sua influência.[4] Em 2 000 a.C., as ilhas Cíclades caíram sob a égide da Civilização Minoica; a partir de 1 400 a.C. os micênicos controlaram a região.[5]
Desenvolveu-se graças aos benefícios trazidos pela localização das ilhas Cíclades, pois além de serem próximas ao continente, haviam se tornado um importante cais natural.[6] Aparentemente foi uma grande importadora e exportadora de bens,[7] como evidenciado pelo grande número de vasos do continente e de Creta encontrados nas ilhas durante as escavações.[8] Além disso, a maior parte dos assentamentos do período eram localizados no leste do mar mediterrâneo.[9] Outro fator que impulsionou o desenvolvimento da civilização cicládica foi a pequena disponibilidade de terras férteis:[10] com abundância em recursos minerais (ferro, cobre, chumbo, prata, ouro, mármore, obsidiana e esmeril) e o crescente desenvolvimento da metalurgia no mediterrâneo durante o período, os ilhéus das Cíclades lançaram-se avidamente no comércio do Egeu (Anatólia, Continente grego, Creta e ilhas), fazendo das Cíclades uma rota comercial de grande prestígio.[11]