Conflitos Luso-Mogores
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Os conflitos Luso-Mogores foram uma série de confrontos armados entre as forças do Império Português, na Índia, e o Império Mogor, entre o século XVI e o século XVIII.
Conflitos Luso-Mogores | |||
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Representação mogor de Afonso de Albuquerque de 1615. | |||
Data | 1535-1693 | ||
Local | Guzerate, Bengala, Índia. | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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O Império Mogor entrou em contacto direto com o Império Português em 1573, depois de Akbar ter conquistado o Guzerate, que fazia fronteira com os territórios portugueses de Diu, Damão e Baçaim. O governador da Índia, António de Noronha, assinou então um tratado com Akbar, estabelecendo oficialmente relações bilaterais entre Portugal e o Império Mogor.[1]
Hostilidades geralmente eclodiam devido a erros diplomáticos, ao apoio português à Confederação Marata ou à recusa portuguesa de pagar tributo aos mogores.
Não obstante o despoletar de ocasionais incidentes, as relações Luso-Mogores eram, para todos os efeitos, pragmáticas, uma vez que os Mogores davam prioridade à terra e as autoridades portuguesas ao mar. A partir de 1573, os Mogores concordaram em não acolher nos seus portos frotas piratas, acolheram embaixadores portugueses e missões jesuítas em Agra e, em troca, a Coroa Portuguesa concedia todos os anos um único cartaz aos Imperadores mogores, que assim reconheceram tacitamente a supremacia naval portuguesa no Oceano Índico.[1][2][3]
O conflito com os portugueses fez também com que o Império Mogor favorecesse as relações com a Companhia das Índias Orientais, a qual foi autorizada a abrir um entreposto comercial em Surrate, na esperança de que os ingleses pudessem ser-lhes de utilidade contra os portugueses.[4]