Convecção mantélica
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Convecção mantélica é o movimento lento de arrastamento do manto rochoso da Terra causado por correntes de convecção que transportam calor do interior da Terra para a sua superfície.[3] A litosfera da superfície da Terra, que se desloca sobre a astenosfera (as duas componentes do manto superior), encontra-se dividida em várias placas tectónicas que são continuamente criadas e consumidas nos seus limites opostos. À medida que material do manto é adicionado às orlas crescentes de uma placa, dá-se a acreção, geralmente associada à expansão do fundo oceânico. Este material quente adicional arrefece por condução e convecção de calor. Nas margens onde a placa é consumida, o material contraiu-se termicamente tornando-se denso, e afunda-se sob o seu próprio peso no processo de subducção numa fossa oceânica.[4]
Este material subduzido afunda-se até uma profundidade de 660 km no interior da Terra onde é impedido de continuar a afundar-se, possivelmente devido a uma mudança de fase de espinela para perovskite e magnesiowustite, e uma reação endotérmica.[5]
A crosta oceânica subduzida desencadeia vulcanismo, embora os mecanismos básicos sejam variados. O vulcanismo pode ocorrer graças a processos que aumentam a flutuabilidade do manto parcialmente fundido causando um fluxo ascendente devido a diminuição de densidade do material parcialmente fundido.
Está postulada a ocorrência de formas secundárias de convecção que podem resultar em vulcanismo de superfície, como consequência da extensão intraplaca[6] e das plumas mantélicas.[1]
É graças à capacidade de convecção do manto que as placas tectónicas são capazes de mover-se sobre a superfície da Terra.[7]