Democracia Cristã (Itália)
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A Democracia Cristã (em italiano Democrazia Cristiana; DC) foi um partido político italiano de inspiração democrata-cristã, fundado em 1942 por Alcide De Gasperi a partir dos vestígios do partido proibido pelo fascismo Partido Popular Italiano do padre Luigi Sturzo[1][2].
Democracia Cristã Democrazia Cristiana | |
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Líder | Mino Martinazzoli (último) |
Fundação | 1942 |
Dissolução | 1994 |
Ideologia | Democracia cristã Popularismo Anti-comunismo Anti-fascismo Pró-europeísmo facções internas: Liberalismo Conservadorismo Social-democracia |
Espectro político | Centro com facções de Centro-direita e Centro-esquerda |
Publicação | Il Popolo La Discussione |
Ala de juventude | Movimento Jovem da Democracia Cristã |
Sucessor | Partido Popular Italiano (maioria) Centro Democrata Cristão (minoria) |
Membros (1990) | 2.109.670 |
Afiliação nacional | CLN (1944-1947) Centrismo (1947-1962) Centro-esquerda orgânica (1963-1979) Pentapartito (1980-1991) Quadripartito (1991-1994) |
Afiliação internacional | Internacional Democrata Centrista |
Afiliação europeia | Partido Popular Europeu |
Grupo no Parlamento Europeu | Partido Popular Europeu |
Cores | Branco e Azul |
O partido, após a queda do fascismo em Itália, viria a tornar-se o partido dominante, vencendo todas as eleições legislativas de 1946 a 1992[2].
Os democratas-cristãos italianos, ao contrário dos seus congéneres europeus, eram um partido pega-tudo, com facções de centro-direita a centro-esquerda, algo que fizesse com que houvesse enormes divisões internas[1][2]. Estas divisões eram postas de lado, em grande parte, pelo forte anti-comunismo de todas as facções e o receio que o Partido Comunista Italiano chegasse ao poder[2].
Ao longo da sua história, a DC iria fazer governos de coligação com diferentes partidos, como o Partido Liberal Italiano, o Partido Republicano Italiano, o Partido Socialista Democrático Italiano e, a partir da década de 1960, com o Partido Socialista Italiano, sempre com o objectivo de alargar a influência dos governos democratas-cristãos e, assim, evitar a ascensão dos comunistas ao poder[2].
Com o final da Guerra Fria, o desaparecimento das tensões ideológicas com a queda da URSS e, acima de tudo, o envolvimento de diversos dirigentes da DC em diversos escândalos de corrupção, como o Tagentopoli, levaram, não só à dissolução do partido, como muitos dos seus parceiros de coligação governativa, como o Partido Socialista Italiano[2]. Numa tentativa de limpar a imagem, os democratas-cristãos mudam de nome para Partido Popular Italiano, mas os resultados nas eleições de 1994, provaram que a dominância dos democratas-cristãos na política italiana tinha chegado ao fim[2].