Marquês de Vila Real
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O título de Marquês de Vila Real foi instituído por carta do Rei D. João II de Portugal de 1 de Março de 1489, em benefício de D. Pedro de Meneses, 3.º Conde de Vila Real.
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O título sucedeu ao de Conde de Vila Real, que havia sido criado em 1424, por D. João I, a favor de D. Pedro de Meneses, avô do anterior. Os Marqueses de Vila Real foram também titulares dos Condados de Ourém, de Alcoutim e de Valença. O 5.º Marquês recebeu o título de Duque de Vila Real. Já os 6º e 8º marqueses receberam o título de Duque de Caminha de Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal).
O 8.º marquês de Vila Real – D. Miguel Luís de Meneses, 2.º Duque de Caminha – entrou numa conjura contra D. João IV, supostamente por obediência filial. Todavia, descoberta a rebelião foram presos todos os fidalgos que nela tomaram parte, tendo à frente o arcebispo-primaz D. Sebastião de Matos Noronha. De nada serviram as súplicas para que fosse perdoado D. Miguel Luis de Meneses. Morreu, como os outros conjurados, no dia 29 de Agosto de 1641, degolado num cadafalso erguido no Rossio de Lisboa, depois de ter estado preso em São Vicente de Belém.
Por ausência de descendência directa do último marquês, o título foi extinto, sendo sua representante a Marquesa de Vagos, Maria Mafalda da Silva de Noronha Wagner.
Não obstante, o título continuou em Espanha, com a designação de Duque de Camiña e Grandeza de Espanha (23 de março de 1660), e está hoje na Casa dos Duques de Medinaceli.
O Condado de Vila Real foi recriado pelo Rei D. João VI, por Decreto de 3 de Julho de 1823, a favor de D. José Luís de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos.