Cabral (encouraçado)
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O Cabral foi um navio de guerra do tipo corveta encouraçada ou, simplesmente, encouraçado, operado pela Armada Imperial Brasileira entre anos de 1866 e 1882. A embarcação foi construída no estaleiro da empresa britânica J. and G. Rennie em Greenwich, Inglaterra, e era líder de sua classe, que também contava com o Colombo. Foi lançado ao mar em 1865 e incorporado à armada em 15 de setembro de 1866. O encouraçado era inteiramente construído de ferro e deslocava 858, 1 033 ou 1050 toneladas, a depender da fonte de referência. Possuía dois motores a vapor que desenvolviam até 750 cavalos de potência, impulsionando a embarcação a cerca de 20 quilômetros por hora. Sua estrutura compreendia uma casamata dupla com oito bocas de fogo. A marinha teve grandes dificuldades com este navio, que era de difícil navegabilidade e, devido ao modelo de sua casamata, que deixava uma parte sua desprotegida, era vulnerável a projéteis mergulhantes.
Cabral | |
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O encouraçado Cabral | |
Brasil | |
Operador | Armada Imperial Brasileira |
Fabricante | J. and G. Rennie |
Homônimo | Pedro Alvares Cabral |
Lançamento | 1865 |
Comissionamento | 15 de setembro de 1866 |
Descomissionamento | 8 de novembro de 1882 |
Comandante(s) | Jacinto Furtado de Mendonça Pais Leme e outros |
Estado | Descomissionado |
Características gerais | |
Tipo de navio | Encouraçado |
Classe | Cabral |
Deslocamento | 1,050 t (2 310 lb) |
Comprimento | 47,54 m (156 ft) |
Boca | 10,66 m (35,0 ft) |
Pontal | 3,35 m (11,0 ft) |
Calado | 2,43 m (7,97 ft) |
Propulsão | 2 eixos de hélice 2 motores a vapor de 750 hp (559 kW) |
Velocidade | 10.5 nós (19,4 km/h) |
Armamento | 8 canhões de calibre 70 e 68 |
Tripulação | 125 homens |
Após alguns meses de sua chegada ao Brasil, o Cabral foi enviado ao combate na Guerra do Paraguai. O primeiro obstáculo foi a Fortaleza de Curupaiti, que, em conjunto com diversos navios da esquadra imperial, bombardeou intensamente em 2 de fevereiro de 1867. No dia 15 de agosto, o Cabral forçou com sucesso a passagem desse forte, manobra que durou cerca de duas horas. Após essa transposição, em 2 de março de 1868 o encouraçado e o Lima Barros sofreram uma tentativa de abordagem por cerca de 200 paraguaios que estavam em canoas. O Cabral estava prestes a ser tomado por eles, quando o Silvado e o Herval se aproximaram e os desbarataram com seus canhões. No mês de julho, o Cabral participou no bombardeio da Fortaleza de Humaitá, que também transpôs no dia 21. Nessa transposição, o Cabral demonstrou sua péssima governabilidade ao abalroar violentamente contra dois outros encouraçados, prejudicando, mas não impedindo, a manobra. Em agosto, ultrapassou a Fortaleza do Timbó e, em outubro, a Fortaleza de Angostura.
Nos últimos anos da guerra, o encouraçado já não era mais requisitado e retornou para o Rio de Janeiro, onde passou por obras de reparo. Em 1873, foi designado para a terceira divisão naval, com a missão de patrulhar a costa brasileira entre Mossoró, no Rio Grande do Norte, e os limites com a Guiana Francesa. Na segunda metade da década de 1870, o navio foi relegado à bateria fluvial devido às suas péssimas condições de navegabilidade. A marinha o descomissionou em 8 de novembro de 1882.