Riachuelo (encouraçado de esquadra)
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O Riachuelo foi um navio de guerra do tipo encouraçado de esquadra,[1] couraçado de torre[2] ou, simplesmente, couraçado,[3] operado pela Armada Imperial Brasileira e pela Marinha do Brasil, após a Proclamação da República. Riachuelo foi construído nos estaleiros de Samuda & Brothers no Reino Unido como parte do projeto brasileiro de aquisição de modernos navios couraçados, sendo incorporado à armada em 19 de novembro de 1883. Deslocava 6 100 toneladas e era equipado com duas torres de artilharia com quatro canhões de 234 milímetros, apoiados por uma bateria secundária de quatro canhões de 6 polegadas. À época de sua construção, era um dos mais avançado navios de guerra.
Riachuelo | |
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Riachuelo em 1885 | |
Brasil | |
Operador | Armada Imperial Brasileira |
Fabricante | Samuda & Brothers |
Custo | £ 365 mil |
Homônimo | Batalha Naval do Riachuelo |
Batimento de quilha | 31 de agosto de 1881 |
Lançamento | 7 de junho de 1883 |
Comissionamento | 19 de agosto de 1884 |
Descomissionamento | 28 de março de 1910 |
Número de registro | 1 |
Estado | Naufragado |
Características gerais | |
Tipo de navio | Couraçado |
Deslocamento | 6 100 t (6 100 000 kg) |
Comprimento | 97,72 m (321 ft) |
Boca | 15,25 m (50,0 ft) |
Calado | 5,94 m (19,5 ft) |
Propulsão | vela, com três mastros armado em Barca 8 caldeiras cilíndricas a carvão 2 máquinas combinadas de três cilindros a vapor 6,000 hp (4,47 kW) |
Velocidade | 16 nós (30 km/h) |
Armamento | 4 canhões de 9.2 pol. Mk III 6 canhões de 140 mm (5,5 in) 15 metralhadoras 5 tubos lança-torpedos |
Blindagem | 178 a 280 mm nas laterais do casco 254 mm nas torretas principais 254 mm na superestrutura |
Tripulação | 350 homens e oficiais |
Entre os anos 1884 e 1885, a embarcação figurou entre os navios da Esquadra de Evoluções, núcleo mais moderno da armada imperial. Após a Proclamação da República, o Riachuelo foi destacado para escoltar o paquete Alagoas, que levou a Família Imperial Brasileira para o exílio na Europa, em 17 de novembro de 1889. Cerca de dois anos depois, irrompeu a Revolta da Armada, porém, o Riachuelo não participou (à exceção de alguns oficiais do encouraçado). Pelo contrário, a marinha apressou-se em enviar o navio para Europa para não tomar parte na rebelião. No continente europeu, passou por modificações que aumentaram seu poderio ofensivo e sua estabilidade. Suas principais comissões foram levar a bordo o presidente Campos Sales em visita oficial à Argentina, em 1900, e o Contra-Almirante Huet de Bacellar, para acompanhar a construção e receber os novos encouraçados encomendados Minas Gerais e o São Paulo, em 1907. Foi desativado em 1910.