Estromatólito
Rocha fóssil / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Estromatólito vem do grego antigo ((strôma/strṓmatos) 'camada, estrato', e (líthos) rocha)[1] e é designado a rochas biosedimentares laminadas, formadas por atividade microbiana em ambientes aquáticos desde o pré-cambriano.[2] A definição exata de estromatólito ainda é discutida, podendo, por exemplo, excluir estruturas como oncólitos e trombólitos da lista dos estromatólitos.[3]
Os estudos sobre essas estruturas sedimentares vem desde o século XIX mas só no século XX é que foi descrito e ilustrado de forma mais clara, recebendo diversos nomes, desde então os estudos se aprofundaram e permitiram identificações com estromatólitos atuais.[2]
Há mais de 20 anos é conhecida a presença de estromatólitos no chamado sílex de Strelley Pool, uma formação rochosa que fica na Austrália e que data do início do Mesoarqueano, ou seja, há cerca de 3500 milhões de anos.
Por serem fósseis tão antigos, pensa-se que sejam testemunha dos primeiros organismos a realizar a fotossíntese oxigênica, responsáveis pelo gás oxigênio que surgiu no planeta há cerca de 3,5 bilhões de anos.
No Brasil, os fósseis mais antigos ocorrem no Quadrilátero Ferrífero e têm idade entre 2,1 e 2,4 bilhões de anos, mas o principal registro no país é nos terrenos mesoproterozoicos e neoproterozoicos dos estados DF, GO, MG, PR, BA e SE .[4]
Não somente de sílex podem se formar os estromatólitos: compõem-se também estes de carbonatos (calcita e dolomita). São formados a partir de uma sucessão de estágios, partindo de esteira microbiana, estromatólito estratiforme, para finalmente consolidar uma rocha. Os principais microorganismos formadores das esteiras estromatolíticas são as cianobactérias.