Exército Nacional do Afeganistão
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O Exército Nacional do Afeganistão (ENA) foi o ramo de serviço dos militares do Afeganistão. Foi, por quase duas décadas, armado, financiado e treinado por tropas da OTAN, especialmente os Estados Unidos. Entre 2014 e 2021, no contexto da Guerra do Afeganistão, assumiu o papel principal nas operações militares terrestres no país.
Exército Nacional do Afeganistão | |
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Emblema do Exército Nacional do Afeganistão | |
País | República Islâmica do Afeganistão |
Subordinação | Forças Armadas Afegãs |
Criação | 1722 |
Período de atividade | 2002–2021 (última formação) |
Cores | Preto, Vermelho e Verde |
Logística | |
Efetivo | 174 000 (2017)[1] |
Sede | |
Quartel General | Cabul |
Foi primeiramente organizado em 1880 com o suporte britânico, durante o reinado do Emir Abderramão Cã.[2][3] Antes de 1880, o exército nacional era composto por milícias privadas pertencentes a diferentes comandantes regionais, bem como uma força militar especial sob o comando do governante do país.[4][5][6][7] Durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, o exército afegão foi equipado pela Alemanha, mas o Afeganistão permaneceu como um estado neutro. A partir da década de 1960 até o início de 1990, foi treinado e equipado pela União Soviética. Em 1992, o exército nacional fragmentou-se em milícias regionais sob o comando dos senhores da guerra locais. Este foi seguido pelo governo Talibã em meados de 1990, que tinha suas próprias forças de milícias.
Após a retirada do Talibã no final de 2001, o novo Exército Nacional Afegão foi criado com o apoio da OTAN, principalmente os Estados Unidos. Desde 2002, bilhões de dólares em equipamentos militares, instalações e outras formas de ajuda foram fornecidos ao ENA. A maioria das armas chegou dos Estados Unidos, que incluiu HMMWV, fuzis de assalto M-16, coletes balísticos, bem como outros tipos de veículos e equipamentos militares. Também incluiu a construção de um centro de comando militar nacional, com compostos de treinamento em diferentes partes do país.[8] Para frustrar e dissolver os grupos militantes antigoverno, a administração Karzai ofereceu dinheiro e formação profissional, para incentivar os cidadãos a ingressar no ENA.
Em agosto de 2021, frente aos avanços do Talibã, o exército afegão entrou em colapso e deixou de existir para fins práticos.[9]