Fantasia (psicologia)
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Fantasia (em grego: φαντασία; em latim: phantasia) é um conceito presente na psicologia moderna desde a sua formação nos séculos XVIII e XIX,[1] referindo-se em geral à imaginação produtiva ou criação voluntária de imagens mentais, as quais possuem algum teor de contraste com o que por vezes se contrapõe como a presença de objetos externos ou a "realidade". O termo foi utilizado por filósofos gregos como Platão e Aristóteles para se referir a capacidades da alma, e teóricos iniciais da psicologia científica o definiram de diversas maneiras na fenomenologia, psicofísica e psicanálise. Com a institucionalização da psicologia científica, foi sendo substituída a associação que essa faculdade tinha com a evocação da intuição, sentimentos vitais e estéticos, e transformada em grande parte no conceito de imaginação simplesmente como representação de objetos irreais.[1] Também é utilizada em pesquisas e construtos da ciência atual.
Na psicanálise, é também considerada um mecanismo de defesa[2] que consiste na criação de um sistema de vida paralelo, que existe apenas na imaginação de quem o cria, com o objetivo de proporcionar uma satisfação ilusória, que não é ou não pode ser obtida na vida real.[3] Não pode ser confundida com a idealização, que cria um sistema em que se deseja viver, mas ao mesmo tempo, leva ao planejamento e a movimentação para que aquela idealização se torne realidade no futuro, o que acaba por implicar a tomada de decisões e mudanças realizadas no presente.[4]