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Os Festivais de Música Brasileira foram uma série de concursos de canções originais e inéditas transmitidos por algumas emissoras de televisão brasileira (TV Excelsior, TV Record, TV Rio, Rede Globo) entre os anos de 1965 a 1985. Esses festivais consolidaram a música popular brasileira, além de revelar e consolidar grandes compositores e intérpretes da música brasileira (Elis Regina, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Geraldo Vandré, Nara Leão, Edu Lobo, Jair Rodrigues, Tom Jobim, Oswaldo Montenegro, Jessé , Guilherme Arantes, Amelinha, Vanusa, Maria Alcina entre outros).
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Nessa época (décadas de 1960 e 1970) o Brasil vivia sob o regime político ditatorial militar, que por meio de seu autoritarismo e repressão, mantinha o controle em vários aspectos da vida social brasileira, principalmente na área da cultura (música, teatro, cinema e literatura). Apesar de toda vigilância, repressão e perseguição dos agentes do DOPS em todas as áreas ligadas à cultura, surgiram várias formas de protestos contra o regime militar. Na música, em especial, surgiram canções de cunho social e de protestos, que chegaram a uma grande parcela da população devido principalmente à participação desses músicos e canções nos grandes festivais realizados pelas emissoras de televisão. Esses festivais eram realizados principalmente na cidade de São Paulo, sendo transmitidos a várias regiões do país, atingindo elevada audiência. Devido a grande participação do público, que torcia de forma apaixonada por suas canções e intérpretes favoritos, esses festivais – assim como os compositores e intérpretes que deles participavam – passaram a ser sistematicamente vigiados pelos agentes DOPS, como passíveis de subversão contra a moral e o sistema nacional.
O Festival de Música Popular Brasileira foi o primeiro festival de canções originais de grande relevância. Teve cinco edições, sendo a primeira, em 1965, produzida pela TV Excelsior e com a final no Rio de Janeiro e as demais, pela TV Record, com a final em São Paulo. O formato adotado era de três eliminatórias com 12 canções cada, avançando quatro de cada para a final.
Resumo: Vencedoras | ||||
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Ano | Ed. | Canção | Autoria | Intérprete(s) |
1965 | I | Arrastão | Edu Lobo e Vinícius de Moraes | Elis Regina |
1966 | II | A Banda | Chico Buarque | Chico Buarque e Nara Leão |
Disparada | Geraldo Vandré e Téo | Jair Rodrigues | ||
1967 | III | Ponteio | Edu Lobo e Capinam | Edu Lobo e Marília Medalha |
1968 | IV | São, São Paulo | Tom Zé | Tom Zé |
1969 | V | Sinal Fechado | Paulinho da Viola | Paulinho da Viola |
O Festival Internacional da Canção teve sete edições e foi realizado no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, sendo a primeira, em 1966, produzida pela TV Rio e as demais, pela TV Globo. Consistia em duas fases: a nacional (que concedia o Prêmio Galo de Ouro) e a internacional.
Resumo: Vencedoras - Fase Nacional | ||||
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Ano | Ed. | Canção | Autoria | Intérprete(s) |
1966 | I | Saveiros | Dori Caymmi e Nelson Motta | Nana Caymmi |
1967 | II | Margarida | Guttemberg Guarabyra | Guttemberg Guarabyra e Grupo Manifesto |
1968 | III | Sabiá | Tom Jobim e Chico Buarque | Cynara e Cybele |
1969 | IV | Cantiga por Luciana | Edmundo Souto e Paulinho Tapajós | Evinha |
1970 | V | BR-3 | Antônio Adolfo e Tibério Gaspar | Tony Tornado e Trio Ternura |
1971 | VI | Kyrie | Paulinho Soares e Marcelo Silva | Trio Ternura |
1972 | VII | Fio Maravilha | Jorge Ben | Maria Alcina e Paulinho da Costa |
Vencedoras - Fase Internacional | ||||
Ano | Ed. | Canção | Autoria | Intérprete(s) |
1966 | I | Frag Den Wind | Helmut Zacharias e Carl J. Schauber | Inge Brück |
1967 | II | Per una Donna | Marcello di Martino, Giulio Perreta e Corrado Mantoni | Jimmy Fontana |
1968 | III | Sabiá | Tom Jobim e Chico Buarque de Hollanda | Cynara e Cybele |
1969 | IV | Cantiga por Luciana | Paulo Tapajós e Edmundo Souto | Evinha |
1970 | V | Pedro Nadie | Piero e José Tcherkaski | Piero |
1971 | VI | Y Después del Amor | Hermanos Castro | |
1972 | VII | Nobody Calls me Prophet | David Clayton-Thomas e William Smith | David Clayton-Thomas |
"Dona" (Sá e Guarabyra) – intérpretes: Sá e Guarabyra 'Princesa" (Flávio Venturini e Ronaldo Bastos) – intérprete: Flávio Venturini
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