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obediência maçónica Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Grande Oriente Lusitano é a mais antiga obediência maçónica portuguesa, fundada em 1802[1].
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Outubro de 2015) |
Para isso, para a sua fundação, terá tido como um dos principais dignatários Gomes Freire de Andrade e o patrocínio de Augusto Frederico, Duque de Sussex, embora este último tivesse sido, ao que se julga, grão-mestre da maçonaria inglesa. A influência francesa acontecerá com o general Junot durante a sua estada em Portugal e as suas pretensões de dirigir esta grande loja[2].
O Grande Oriente Lusitano integra-se na corrente maçónica de defesa da liberdade, da democracia e do combate ao dogmatismo.
Desde a fundação que a sua história está intimamente ligada à do País. Algumas das grandes mudanças que Portugal conheceu nos séculos XIX e XX tiveram uma forte influência da ação da Maçonaria:
Era visto como uma força motriz do anticlericalismo.[5]
Teve como primeiro Grão-Mestre o desembargador Sebastião José de São Paio de Melo e Castro de Lusignan, neto do 1.º Marquês de Pombal, cujo nome simbólico era Egas Moniz.
O Grande Oriente Lusitano conheceu, ao longo da sua história, momentos de feroz perseguição pelas alas mais conservadoras e reacionárias da sociedade. Entre esses momentos destaca-se a sua proibição por Pina Manique[6] e durante o Estado Novo (Lei n.º 1901, de 21 de Maio de 1935, proposta por José Cabral, que recentemente tinha aderido à União Nacional, depois de militar entre os integralistas lusitanos e os nacional-sindicalistas liderados por Rolão Preto[7]) que forçou os seus membros à clandestinidade e os levou, muitas vezes, à prisão ou ao exílio político.
Fernando Pessoa, apesar de assumidamente profano, publicou um artigo no Diário de Lisboa em defesa da Maçonaria e, concretamente, do Grande Oriente Lusitano.
Durante o período de clandestinidade, o Grande Oriente Lusitano viu os seus bens confiscados e o Palácio Maçónico ocupado pela Legião Portuguesa.
Com a revolução de 25 de Abril de 1974 e a revogação da Lei n.º 1901, o Grande Oriente Lusitano pôde voltar à luz do dia, tendo-lhe sido devolvidos os bens anteriormente confiscados.
Um desentendimento entre o filho do ex-grão-mestre Adelino da Palma Carlos e o núcleo do então novo grão-mestre José Eduardo Simões Coimbra levou a uma cisão no final de 1984 no GOL que acabaria por estar na origem de outra corrente maçónica, aberta a membros católicos e ligada à direita, a Grande Loja Regular de Portugal (GLRP)[8].
Em 25 de Janeiro de 2003, pela primeira vez, as portas do Grande Oriente foram abertas à comunicação social para transmitir uma mensagem do grão-mestre António Arnaut. No mesmo ano, em 20 de Março, e também pela primeira vez, o presidente da República, Jorge Sampaio, visitou o Palácio Maçónico.[9]
Entre os seus membros contam-se figuras de grande relevo na história de Portugal.
Sob os auspícios do Grande Oriente Lusitano trabalham lojas simbólicas do Rito Escocês Antigo e Aceito e do Rito Moderno. Estes ritos são administrados pelas respectivas potências filosóficas com as quais o Grande Oriente Lusitano tem tratado:
As potências estão representadas na sociedade civil através do Grémio Lusitano, associação cultural e recreativa, com sede em edifício próprio na Rua do Grémio Lusitano, em Lisboa.
O Palácio Maçónico como é designado, alberga também o Museu Maçónico Português, considerado um dos melhores da Europa na sua especialidade, que está aberto ao público, de Segunda a Sexta-Feira, das 14:30 às 17:30 horas.
Pela sua qualidade e prestígio, está prestes a integrar a rede nacional de museus.
Fernando Cabecinha foi eleito grão-mestre do Grande Oriente Lusitano em 2021 sucedendo a Fernando Lima, que por sua vez sucedeu a António Reis. Foi iniciado na R∴ Loja O Futuro, tendo anteriormente liderado quatro vezes a Grande Dieta, parlamento maçónico.[12]
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