Guerra Boshin
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A Guerra Boshin (戊辰戦争, Boshin Sensō?, "Guerra do Ano do Dragão"),[3] também conhecida no plural como Guerras Boshin ou simplesmente Batalha de Boshin,[nota 1] foi uma guerra civil no Japão, travada de 1868 a 1869, entre forças leais ao governo do Xogunato Tokugawa e aqueles que eram favoráveis à restauração do poder imperial sob o imperador Meiji (r. 1867–1912). A guerra teve como uma de suas causas a declaração de Meiji de que iria decretar a abolição do xogunato de mais de 200 anos e imporia o comando direto da corte imperial. Movimentos militares das forças imperiais e atos de violência feitos por partidários de Meiji em Edo levaram o xogum Tokugawa Yoshinobu (r. 1866–1867) a lançar um ataque para controlar a corte em Quioto.
Guerra Boshin 戊辰戦争 | |||
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Mapa da campanha da Guerra Boshin (1868-1869). Os domínios ao sul como Satsuma, Chōshū e Tosa (em vermelho) juntaram forças para derrotar as forças xogunais na Batalha de Toba-Fushimi, e então foram tomando controle progressivo na ilha Hokkaido ao norte. | |||
Data | 27 de janeiro de 1868 – 27 de junho de 1869 | ||
Local | Japão | ||
Desfecho | Vitória imperial Fim do xogunato Restauração Meiji Era Meiji | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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3 500[1] à 8 200[2] mortos 5 000 combatentes feridos[2] |
Em pouco tempo, os militares passaram à facção imperial, que era pequena mas relativamente modernizada, e após uma série de batalhas que culminaram na rendição de Edo, Yoshinobu rendeu-se pessoalmente. O restante do governo Tokugawa recuou ao norte de Honshu e posteriormente para Hokkaido, onde declarou uma república. Derrotados na Batalha de Hakodate, o último resquício do xogunato foi destruído, dando controle supremo do Japão ao império e completando a fase militar da Restauração Meiji.
Cerca de 120 mil homens foram mobilizados durante esse conflito, estimando-se de 3,5 a 8,2 mil mortos.[1][2] No fim da guerra a vitoriosa facção imperial abandonou seus objetivos de expulsar estrangeiros do Japão e, ao invés disso, adotou uma política de contínua modernização com o objetivo de eventualmente renegociar os Tratados Desiguais com os poderes ocidentais.[5] Os partidários dos Tokugawa foram poupados, devido à persistência de Saigo Takamori (um líder proeminente da facção imperial), e muitos dos antigos líderes xogunais foram presenteados com posições de grande responsabilidade no novo governo que se estabelecia.
A Guerra Boshin foi um acontecimento que colocou em evidência o avançado estado de modernização que foi alcançado pelo Japão nos 14 anos após sua abertura para o ocidente, o alto envolvimento de nações ocidentais (especialmente Grã-Bretanha e França) na política do país, e a instalação um tanto turbulenta do poder imperial. Com o tempo, a guerra foi romantizada pelos japoneses e outros que consideram a Restauração Meiji como uma "revolução pacífica", apesar do número de baixas. Várias dramatizações da guerra foram feitas no Japão, e elementos do conflito foram incorporados no filme estadunidense O Último Samurai (2003).[6]