Hugo Gatti
futebolista argentino / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Hugo Orlando Gatti (19 de agosto de 1944) é um ex-futebolista argentino que competiu na Copa do Mundo FIFA de 1966.[1] Celebrizou-se como um dos mais irreverentes goleiros da história, não por acaso recebendo o apelido de El Loco; espalhafatoso nas vestes e no jeito de jogar,[2] costumava ir para cima dos atacantes, quase como um zagueiro;[3] a El Gráfico o classificou como "um líbero com permissão para usar as mãos".[4] Era considerado um verdadeiro showman para a torcida e demais espectadores.[2]
Informações pessoais | ||
---|---|---|
Nome completo | Hugo Orlando Gatti | |
Data de nascimento | 19 de agosto de 1944 (79 anos) | |
Local de nascimento | Carlos Tejedor, Argentina | |
Apelido | El Loco | |
Informações profissionais | ||
Posição | Goleiro | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1962-1964 1964-1968 1969-1974 1974-1975 1976-1988 |
Atlanta River Plate Gimnasia y Esgrima La Plata Unión Boca Juniors |
30 (0) 77 (0) 224 (0) 45 (0) 381 (1) |
Seleção nacional | ||
1967-1977 | Argentina | 18 (0) |
Provocador, sendo amado e odiado, também é desbocado, já tendo declarado que se considera o melhor goleiro entre seus pares.[4] Descrito como intuitivo, prático, ágil, atento, concentrado e seguro de si,[5] também ficou famoso como um grande defensor de pênaltis - apenas nos tempos regulamentares (desconsiderando as decisões por penalidades), pegou 26 durante a longeva carreira. Foi o segundo goleiro eleito como melhor jogador de seu país, em 1982.[3] É também o jogador com mais partidas na história do futebol argentino, tendo jogado 765 partidas.[4]
Gatti é uma lenda do Boca Juniors, sendo o segundo jogador com mais partidas pela equipe (381, em jogos oficiais, e 417, no total;[6] uma delas, curiosamente, como meio-de-campo e outra como atacante[7]), atrás apenas do ex-colega Roberto Mouzo.[7] Foi o goleiro presente nos dois primeiros títulos do clube na Taça Libertadores da América e da primeira Copa Intercontinental boquense, além de ter vencido também três campeonatos argentinos no clube. Jogou por doze anos no Boca, onde, aos 44 anos de idade e após vinte e seis de carreira, se aposentou.
Para o IFFHS, só está atrás de seus contemporâneos - e concorrentes - Amadeo Carrizo e Ubaldo Fillol como maior goleiro argentino do século XX, sendo considerado também o sétimo entre os sul-americanos.[carece de fontes?] Com este último, viveu uma certa rivalidade: além de jogar pelo Boca enquanto Fillol era do rival River Plate (onde Gatti jogou antes) e concorrerem pela titularidade na Seleção Argentina, representavam estilos diferentes - enquanto Gatti chegava a sair de sua área para parar jogadas adversárias, o outro só costumava mexer-se entre as traves.[8]