Imperador da Áustria
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Imperador da Áustria era o título imperial hereditário do extinto Império Austríaco. Foi proclamado pela primeira vez em 1804 pelo imperador do Sacro Império Romano-Germânico Francisco II, e continuou a ser concedido a seu sucessores imediatos até a queda da dinastia Habsburgo em 1918, ao término da Primeira Guerra Mundial.
Imperador da Áustria | |
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Kaiser von Österreich | |
Brasão de armas da Áustria | |
Detalhes | |
Primeiro monarca | Francisco I |
Último monarca | Carlos I |
Formação | 11 de agosto de 1804 |
Abolição | 11 de novembro de 1918 |
Residência | Hofburg (oficial) |
Pretendente(s) | Carlos de Habsburgo-Lorena |
Face às invasões de Napoleão Bonaparte, Francisco temia pelo futuro do Sacro Império e ansiava por manter o status imperial de sua família em caso de dissolução do império, como de fato ocorreu em 1806,[1] quando o exército austríaco sofreu uma derrota na Batalha de Austerlitz e o vitorioso Napoleão procedeu o desmantelamento do antigo império, tomando vários territórios deste e criando a Confederação do Reno em seu lugar. Assim sendo, Francisco II do Sacro Império Romano-Germânico tornou-se Francisco I, Imperador da Áustria, e mesmo que o novo título imperial pudesse soar menos prestigioso que o antigo, a dinastia Habsburgo continuou a dominar a Áustria e vários territórios vizinhos por um longo período.
O novo título existiu por apenas pouco mais de um século (até 1918), embora nunca tenha ficado realmente claro sobre que territórios constituíam o Império Austríaco. Quando Francisco recebeu o novo título em 1804, as terras da Monarquia de Habsburgo eram conhecidas simplesmente como Kaisertum Österreich (em português: Áustria do Cáiser).
A Áustria (ao contrário de várias outras terras da dinastia Habsburgo) era um arquiducado desde o século XV, e a maior parte dos outros territórios do império tinham suas próprias instituições e história, apesar das tentativas de centralização, especialmente entre 1848 e 1859. Quando o Reino da Hungria recebeu o direito de se auto-governar em 1867, as porções não-húngaras do império, apesar de usualmente referidas como Áustria, eram oficialmente conhecidas como "Reinos e Terras representadas pelo Conselho Imperial (Reichsrat)". O título de Imperador da Áustria e o império associado foram ambos abolidos no final da Primeira Guerra Mundial em 1918, quando a Áustria Alemã tornou-se uma república,[1] e as outras terras e reinos representados pelo Conselho Imperial estabeleceram suas independências.