Imran Khan
político paquistanês, primeiro-ministro do Paquistão / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Imran Ahmad Khan Niazi (em urdu: عمران احمد خان نیازی) (nascido a 5 de outubro de 1952)[1] foi o vigésimo segundo primeiro-ministro do Paquistão. Jogou críquete internacionalmente por duas décadas no final do século XX[2] e, depois de se aposentar, entrou na política, em meados dos anos noventa. Foi o capitão de críquete mais bem-sucedido do Paquistão, levando seu país à vitória na Copa do Mundo de Críquete em 1992, jogando para a equipe de críquete paquistanesa de 1971 a 1992 e atuando como capitão intermitentemente ao longo de 1982 a 1992. Khan liderou, aos trinta e nove anos, sua equipe para a primeira e única vitória da Copa do Mundo em 1992.
Imran Khan | |
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22.º Primeiro-ministro do Paquistão | |
Período | 18 de agosto de 2018 a 10 de abril de 2022 |
Presidente | Mamnoon Hussain Arif Alvi |
Antecessor(a) | Nasirul Mulk |
Sucessor(a) | Shehbaz Sharif |
Presidente do Movimento Paquistanês pela Justiça | |
Período | 25 de abril de 1996 a atualidade |
Chanceler da Universidade de Bradford | |
Período | 7 de dezembro de 2005 a 7 de dezembro de 2014 |
Antecessor(a) | Betty Lockwood |
Sucessor(a) | Kate Swann |
Dados pessoais | |
Nascimento | 5 de outubro de 1952 (68 anos) Laore, Punjab Ocidental, Paquistão |
Alma mater | Keble College, Oxford |
Cônjuge | Jemima Goldsmith (c. 1995, div. 2004) Rehan Kham (c. 2015, div. 2015) Bushra Bidi (c. 2018) |
Filhos(as) | 2 (Sulaiman Isa e Kasim) |
Partido | Movimento Paquistanês pela Justiça |
É o fundador do Movimento Paquistanês pela Justiça (Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI)). Antes ele integrou a Assembleia Nacional do Paquistão de 2002 a 2007 e novamente de 2013 a 2018. Em 2018, Imran Khan ganhou as eleições gerais tornando-se o 22º Primeiro-Ministro do Paquistão.[3][4] Durante a campanha, defendeu publicamente o célebre Artigo 295c, a lei da blasfémia, que estipula que comentários depreciativos em relação a Maomé, orais ou escritos, "por representação visível ou por qualquer imputação, menção ou insinuação, direta ou indireta, deverão ser punido com a morte ou prisão perpétua, e estarão sujeitos a multa".[5][6]
Como primeiro-ministro, Khan enfrentou uma crise na balança de pagamentos do governo com um grande empréstimo do Fundo Monetário Internacional.[7] Ele presidiu um déficit orçamentário cada vez menor[8][9] e gastos de defesa limitados para reduzir o déficit fiscal das contas do governo, levando a algum crescimento econômico geral.[10][11][12] Ele promulgou políticas que aumentaram a arrecadação de impostos[13][14] e investimentos.[15] Seu governo se comprometeu com uma transição de energia renovável, lançou o Programa Ehsaas e a iniciativa Plant for Pakistan e expandiu as áreas ambientais protegidas do Paquistão. Ele presidiu sobre a resposta do governo a pandemia de COVID-19, que causou turbulência econômica e aumento da inflação no país e ameaçou sua posição política.[16] Apesar de uma prometida campanha anticorrupção, a percepção de corrupção no Paquistão piorou durante o mandato de Khan.[17] Foi percebido também sua falha em conter e liderar propriamente as forças armadas, que são uma poderosa instituição no país. Ele foi acusado de vitimização política de oponentes e repressão à liberdade de expressão e dissidência.[18]
Em meio a uma crise constitucional, Khan se tornou o primeiro primeiro-ministro a ser destituído do cargo por meio de uma moção de desconfiança em abril de 2022. Em agosto do mesmo ano, ele foi acusado sob as leis antiterror após acusar a polícia e o judiciário de deter e torturar um assessor.[19] Em novembro de 2022, Khan sobreviveu a uma tentativa de assassinato.[20] Em 5 de agosto de 2023, Khan foi preso pela segunda vez.[21] Em 30 de Janeiro de 2024, um tribunal especial condenou Khan a 10 anos de prisão depois de ter sido considerado culpado de tornar público o conteúdo de um telegrama secreto enviado pelo embaixador do Paquistão em Washington, DC ao governo em Islamabade.[22]