Irmãos de Itália
partido político italiano / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Irmãos de Itália (em italiano: Fratelli d'Italia, FdI), cujo nome oficial é Irmãos de Itália-Aliança Nacional (em italiano: Fratelli d'Italia-Alleanza Nazionale, FdI-AN), é um partido político italiano de ideologia nacional-conservadora,[7][8][9] populista,[10] eurocética[11][12][13] e atlanticista,[14] também descrito como pós-fascista.[15][16][17] Foi fundado em 2012 por membros do O Povo da Liberdade (PdL) que se opunham ao governo de Mario Monti e, também, à União Europeia (UE).[18]
Irmãos de Itália Fratelli d'Italia | |
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Presidente | Giorgia Meloni |
Fundadores | Giorgia Meloni Guido Crosetto Ignazio La Russa |
Fundação | 28 de dezembro de 2012 (11 anos) |
Sede | Roma, Itália |
Ideologia | |
Espectro político | Direita[1][2] à extrema-direita[3][4][5] |
Publicação | La Voce del Patriota |
Ala de juventude | Juventude Nacional |
Dividiu-se de | O Povo da Liberdade |
Membros (2021) | 130.000[6] |
Afiliação europeia | Conservadores e Reformistas Europeus |
Câmara de Deputados | 118 / 400 |
Senado | 66 / 200 |
Parlamento Europeu | 10 / 76 |
Vereadores Municipais | 128 / 896 |
Cores | Azul |
Página oficial | |
fratelli-italia | |
Em dezembro de 2012, o FdI emergiu de uma divisão mais à direita dentro do partido de Silvio Berlusconi, O Povo da Liberdade.[19] A maior parte da liderança do FdI, incluindo Giorgia Meloni, que lidera o partido desde 2014, bem como o símbolo do movimento (a chama tricolor),[20] vem da Aliança Nacional (AN), fundada em 1995 e incorporada pela PdL em 2009.[21] AN foi o sucessor do Movimento Social Italiano (MSI), ativo de 1945 a 1995,[22][23] um partido neofascista fundado por ex-membros do banido Partido Nacional Fascista (1921–1943) e o Partido Republicano Fascista (1943–1945).[24][25][26]
Concorreu às eleições legislativas italianas de 2013, dentro da coligação de centro-direita liderada por Silvio Berlusconi. Os seus resultados finais rondaram os 2%, suficientes para eleger 9 deputados.[27] Nas eleições europeias de 2014, obteve um resultado de destaque, ao obter mais de 1 milhão de votos, o que se traduziu num 3,7% dos votos, resultado que mesmo assim não foi suficiente para eleger um deputado europeu.[28]
Em 2022 elegeu Giorgia Meloni como primeira-ministra, se tornando o primeiro partido italiano de extrema-direita a chegar ao poder na Itália desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Para o cientista político Sergio Schargel, alguns motivos que explicam a ascensão de Meloni são a tradição autoritária italiana, a ausência de um processo de "desfascistização", o contexto geopolítico global de recessão democrática, a crise do Coronavírus e o sentimento de antipolítica.[29][30]