Joana Angélica
freira brasileira e figura da independência / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Joana Angélica de Jesus, batizada Joanna Angélica de Jesus (Salvador, 12 de dezembro de 1761 — Salvador, 19 de fevereiro de 1822) foi uma religiosa concepcionista baiana, pertencente à Ordem das Reformadas de Nossa Senhora da Conceição e mártir da Independência brasileira.[1]
Joana Angélica de Jesus | |
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Abade da Igreja Católica | |
Abadessa do Convento da Lapa | |
Atividade eclesiástica | |
Ordem | Ordem da Imaculada Conceição |
Diocese | Arquidiocese de Salvador |
Mandato | 1821 - 1822 |
Ordenação e nomeação | |
Brasão episcopal | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Salvador 12 de dezembro de 1761 |
Morte | Salvador 19 de fevereiro de 1822 (60 anos) |
Nacionalidade | brasileiro |
Categoria:Igreja Católica Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo | |
Nascida durante o período colonial, morreu aos 60 anos[2] atingida por um golpe de baioneta quando resistia à invasão pelas tropas portuguesas ao Convento da Lapa, em Salvador.[1] Tornou-se assim, a primeira heroína da independência do Brasil.[3]
A freira ficou conhecida como a autora da famosa frase: “Para trás, bandidos! Respeitai a casa de Deus! Só entrarão passando por cima do meu cadáver!”. No entanto, uma extensa pesquisa de documentos referentes a vida de Joana Angélica não encontrou nenhuma evidência de que a frase tenha sido de fato proferida pela Sóror.[4]
Conhecida principalmente pelo ato de bravura final de sua vida, Joana Angélica tem hoje sua imagem reconstruída por historiadores que pontuam sua importância também como mártir da fé.[4]
Era filha de José Tavares de Almeida e Catarina Maria da Silva. Foi batizada na Freguesia da Santa Sé, em Salvador.[5] Seu pai nasceu no Vale de Cambra, batizado na igreja de São Pedro de Castelões em 5 de setembro de 1728[6], filho de João Tavares de Oliveira e Maria de Almeida. Foi capitão do exército português e, enviado para a Bahia, casou-se com a soteropolitana Catarina Maria da Silva, na Igreja de Nossa Senhora da Piedade dos Frades Capuchinhos, em 30 de janeiro de 1758, filha de Veríssimo da Silva Pereira e de Luísa da Silva Costa. O irmão de Joana Angélica, Domingos Tavares da Silva e Almeida, também serviu a Portugal, tendo ingressado como soldado em 1774, ordenado alferes no Rio de Janeiro, e galgado até o posto de capitão em 1788[7]. Diz-se terem sido uma família rica da capital baiana.[3]