João da Silva (escultor)
escultor, joalheiro e medalhista português / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
João da Silva (Grau de Oficial de Santiago e Espada) (Lisboa, 1 de dezembro de 1880 – Lisboa, 6 de março de 1960) foi um escultor, medalhista e joalheiro português. Ele é sobretudo conhecido por ser um medalhista inovador e de elevadíssimo nível técnico e artístico[1].
João da Silva deixou também legado pedagógico, da sua atividade enquanto professor e como teórico do ensino técnico e das artes em geral, com diversos artigos publicados. No campo da ourivesaria, onde também foi reconhecido, João da Silva inseriu-se na estética da Arte Nova, para depois vir a adoptar uma expressão mais próxima da Art Déco. Na Escultura, João da Silva salientou-se pela escultura animalista, de pequena dimensão: os cavalos e os campinos, os burros, os patinhos, os cabritos, os corços, os galos e pintos, os galgos, os gatos, entre outros. Alguns exemplares foram editados em porcelana pela Fábrica alemã Rosenthal e pela Fábrica Vista Alegre. Também se notabilizou pela ligação à moda de alta costura, por ter executado, nos anos 20 do Século XX, estatuetas rigorosas dos modelos da casa parisiense Madeleine et Madeleine. A sua vertente na Arte Religiosa também exerceu influência, enquanto autor de imagens de Cristo (crucificado, escapulário), de Nossa Senhora (Lourdes, Fátima, Conceição), em vulto ou em medalha. Também os retratos são uma vertente importante, como o retrato do pianista Viana da Mota, do escritor e médico Júlio Dinis ou do poeta Augusto Gil.
Na medalhística João da Silva tornou-se bem conhecido através das moedas de escudo, familiares a toda uma geração, com o seu anverso de uma nau, de 10$00, 5$00 e 2$50, emitidas em Portugal entre 1932 e 1951, entre muitas moedas e medalhas comemorativas que executou.