Juramento Papal (catolicismo tradicionalista)
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O Juramento Papal é um juramento tido como verdadeiro pelos católicos tradicionalistas cujo texto devia ser recitado pelos papas da Igreja Católica começando com o Papa São Agatão, que foi eleito em 27 de Junho de 678. Alega-se que mais de 180 papas, inclusive o Papa Paulo VI, fizeram o juramento durante a sua coroação. O Papa João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco, que não fizeram cerimônias de coroação, também não fizeram o juramento.
Alega-se nele que os papas prometiam nunca inovar ou mudar qualquer coisa da doutrina católica revelada por Cristo. Alguns confundem o juramento papal com o juramento contra o modernismo que o Papa Pio X ordenou que aqueles que exercem certos serviços na Igreja fizessem.
O Juramento Papal parece ser baseado num texto histórico conservado no Liber Diurnus Romanorum Pontificum, uma coleção de formulários para enviar correspondências ou decretos, alguns dos quais podem até mesmo ser anteriores ao pontificado do Papa Gregório I (590-604), enquanto outros são do século VIII ou IX.[1]
Esse texto histórico[2] tem forma de uma profissão de fé,[3] dirigida a São Pedro,[4] enquanto o "Juramento Papal", na versão portuguesa, dirige-se a Cristo ou a Deus (fala do "Teu juizo divino").
Embora a coletânea do Liber Diurnus foi utilizada na chancelaria papal até o século XI,[5][6] o conteúdo da profissão de fé mostra que esse formulário pode ter sido usado apenas em algum momento no curto período entre a eleição do Papa Cónon (686-687) e do Papa Zacarias (741-752). A profissão de fé cita o Terceiro Concílio de Constantinopla (680-681) como tendo sido realizada recentemente, indicando que surgiu nesse período provavelmente.[7] A profissão de fé também refere-se ao Papa Agatão (678-681), que haveria sido o autor do "Juramento Papal", como já estando morto.