Jutaí
município brasileiro do estado do Amazonas Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Jutaí é um município brasileiro do estado do Amazonas, na Região Norte do país. Localiza-se na Região Intermediária de Tefé e Região Imediata de mesmo nome. Sua população, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era de 13 462 habitantes em 2021. Sua área territorial é de 69.857 km².
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| Município do Brasil | |||
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| Símbolos | |||
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| Hino | |||
| Gentílico | jutaiense | ||
| Localização | |||
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  Jutaí |
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| Coordenadas | 2° 44′ 49″ S, 66° 46′ 01″ O | ||
| País | Brasil | ||
| Unidade federativa | Amazonas | ||
| Municípios limítrofes | São Paulo de Olivença, Amaturá, Juruá, Benjamin Constant, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Fonte Boa, Carauari, Pauini e Eirunepé. | ||
| Distância até a capital | 632 km | ||
| História | |||
| Fundação | 19 de dezembro de 1955 (68 anos) | ||
| Administração | |||
| Prefeito(a) | Pedro Macário Barboza (PDT, 2021–2024) | ||
| Características geográficas | |||
| Área total [1] | 69 551,856 km² | ||
| População total (estimativa populacional - IBGE/2021[2]) | 13 462 hab. | ||
| Densidade | 0,2 hab./km² | ||
| Clima | Equatorial (Am) | ||
| Fuso horário | Hora do Acre (UTC-5) | ||
| Indicadores | |||
| IDH (PNUD/2010 [3]) | 0,516 — baixo | ||
| PIB (IBGE/2013[4]) | R$ 180 532 mil | ||
| PIB per capita (IBGE/2013[4]) | R$ 10 389,73 | ||
Foi criado em 1955, sendo o município do Brasil com mais elevado índice de Gini, segundo cálculos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento de 2001, o que faz deste o município com maior desigualdade de renda do país. Possui a terceira menor taxa mortalidade infantil do país, de apenas 1,7 mortes a cada mil nascidos vivos.[5]
As origens do município de Jutaí remontam ao século XVII, quando o jesuíta Samuel Fritz fundou a aldeia de Tefé. A região foi posteriormente objeto de disputa entre espanhóis e portugueses, vencendo estes, em fins do século XVIII.
Elevado a município, Tefé em meados do século XIX chegou a ter uma área de 500 mil quilômetros quadrados. Posteriormente, ocorreram vários desmembramentos, dando origem a vários municípios, entre os quais, em 1891, o de Fonte Boa. Em 1928, este município tornou-se sede de comarca.
Em 19 de dezembro de 1955, pela lei estadual n° 96, aproximadamente metade do território do município de Fonte Boa foi desmembrado, passando a constituir um novo município chamado de Jutaí, cuja instalação se deu em 11 de abril de 1956.
Somando o número da sede e da zona rural, Jutaí tem cerca de 13.329 eleitores.
Jutaí tem uma área territorial de 69.857 quilômetros quadrados, limitando com os municípios de Fonte Boa, Juruá, Carauari, Itamarati, Eirunepé, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins.
Jutaí ainda conta com uma imensa área rural, com mais de 97 vilas e comunidades rurais, das quais as mais importantes são Copatana, Acapurí, Copessú, Porto Antunes, Pinheiro, Piranha, Marauá, Vila Efrain e lçapó.
Possui clima tropical chuvoso e temperatura média anual de 26,9 °C, tendo uma altitude de 70 metros acima do nível do mar.
- Setor primário
Mesmo não apresentando grandes índices de produção, o município tem destaque na produção de mandioca, seguindo-se o abacaxi, cana-de-açúcar, melancia, milho, açaí e, em grande expansão, a pupunha.
É importante ressaltar a produção e criação do pescado. Pelo menos dois criadores de peixe tem intensificado a pesca quer na criação, quer na compra para exportação do pescado, principalmente o tambaqui e peixe liso.
Com relação à pecuária, é pequena a criação de bovinos, mas já em processo de sustentação para a população local. Outras criações existem apenas para o consumo doméstico, como o extrativismo vegetal. Muito praticado até os últimos anos indiscriminadamente, vem aos poucos sendo legalizado, mas de forma muito delicada, o que facilita a exploração de madeira de lei.
- Setores secundário e terciário
O município dispõe de pelo menos seis serrarias de pequeno e médio porte e de duas marcenarias para o beneficiamento da madeira.
No setor terciário, a sede do município conta com cerca de 15 estabelecimentos comerciais de médio porte e de 70 estabelecimentos de pequeno porte, um correspondente bancário (Bradesco) e a Caixa Econômica Federal, quatro hotéis e algumas pensões, além de restaurantes e lanchonetes.
Segurança
A segurança é executada pelas polícias militar e civil, que dispõem de apenas uma delegacia com delegado e cerca de seis policiais e uma viatura.
Comunicação
A Empresa de Correios e Telégrafos mantém uma agência postal informatizada onde também funciona o Banco Postal.
O sistema de telefonia funciona com serviço da Oi, com os serviços de ligações locais, DDD, DDI e tem cerca de 600 linhas instaladas na sede e cerca de 50 linhas na comunidade de Copatana, além de atendimento com telefone público em várias comunidades rurais. A telefonia móvel tem mais de cinco mil linhas regidas com os serviços da Vivo, que representa 98% das linhas, 2% entre Oi e Claro.
O sistema de comunicação via web é privado e bastante precário, considerado um dos mais caros do planeta, pagando R$120 por um trafego de inacreditáveis 64kb, enquanto em outras localidades se paga R$0,6 centavos por transferência de 6Gb. A tecnologia disponível de transferência de dados ainda é a quase extinta GSM.
Também conta com um canal de TV aberta, a TV Amazonas, afiliada da Rede Globo.
Saneamento básico
O abastecimento de água é feito pelo Departamento de Águas ("D'águas") mantido pelo município, com captação do tipo subterrâneo através de seis poços artesianos em 15 mil metros de rede que atende cerca de 1.300 domicílios.
Energia
A produção e distribuição de energia elétrica esta a cargo da Amazonas Energia , que mantém uma usina a diesel com quatro grupos geradores que somam uma potência de 4500 KV A, de 127 a 13.800 volts, num total de 18 mil metros de rede, que atendem 3.987 consumidores.
Transporte
O meio de transporte mais utilizado na sede do município é a motocicleta. Cerca de 90 motoristas fazem serviços de moto-táxi transportando pessoas para os mais diversos pontos da sede. Utilizam-se também veículos como caminhonetes para o transporte de cargas e poucos são os carros de passeio. Para fora da sede o transporte mais comum são as canoas com motores de popa e para outros lugares navega-se em barcos recreios de linha Manaus-Tabatinga, Manaus-Jutaí ou Tefé-Jutaí e, recentemente, com serviços de motores a jato.
Para utilizar o transporte aéreo é necessário deslocar-se até Fonte Boa ou Tefé para e então tomar avião para Manaus ou outros lugares, sendo há uma pequena pista de terra batida para pequenas aeronaves de monomotor.
O carnaval jutaiense, todos os anos, conta com uma grande festa proporcionada pela Banda dos Bacabeiros.
Há três anos vem acontecendo na cidade o Festival da Sardinha, realizado pela prefeitura de Jutaí no mês de julho ou agosto. É um festival que também já se tornou tradição no município e que, na época, recebe muitos visitantes de outras cidades e move positivamente a economia.
Também é tradição na cidade de Jutaí, nos meses de abril/maio, a comemoração dos festejos de São José, padroeiro do município.
Em época de final de ano tornou-se tradição na cidade a disputa dos bumbás, Boi Carinhoso e Boi Fascinante.
- IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (27 de agosto de 2021). «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1 de julho de 2021». Consultado em 28 de agosto de 2021
- «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 9 de setembro de 2013
- «Produto Interno Bruto dos Municípios 2010-2013». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 19 de dezembro de 2015
- «Indicadores Sociais 2003 de Jutaí-Amazonas» (PDF). Amostra por Domicilios 2003. Consultado em 22 de outubro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 21 de outubro de 2012
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