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cartunista brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Laerte Coutinho OMC (São Paulo, 10 de junho de 1951), ou simplesmente Laerte, é uma cartunista e chargista brasileira, considerada uma das artistas mais importantes da área no país.
Laerte OMC | |
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Laerte em 2015 | |
Nome completo | Laerte Coutinho |
Nascimento | 10 de junho de 1951 (73 anos) São Paulo |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | cartunista e chargista |
Principais trabalhos | Piratas do Tietê, Overman, Manual do Minotauro, Muchacha, Los Três Amigos, Strip Tiras |
Estudou comunicações e música na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, porém sem concluir.[1] Laerte participou de diversas publicações como a Balão e O Pasquim. Também colaborou com as revistas Veja e Istoé e os jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo. Criou diversos personagens, como os Piratas do Tietê e Overman. Em conjunto com Angeli e Glauco (e mais tarde Adão Iturrusgarai) desenhou as tiras de Los Três Amigos.
Em 2005, perdeu um de seus três filhos, Diogo, então com 22 anos, num acidente de carro.[2]
Em entrevista à Folha de S.Paulo, em 2010, revelou por que abandonou alguns de seus personagens, começou a praticar crossdressing e a se identificar como transgênero.[3] Nessa nova fase, participando de vários programas e matérias na mídia impressa e eletrônica. Já em 2012, tornou-se cofundadora de uma instituição voltada a pessoas com essa nuance de gênero, a ABRAT – Associação Brasileira de Transgêneros.[4][5]
Em 2012, teve a residência roubada,[6] e muitas de suas obras que estavam digitalizadas também foram levadas.[7][8]
Rafael Coutinho, seu filho, é também cartunista.[9]
Laerte teve sua História de Vida registrada pelo Museu da Pessoa em 2012, com o título "Ser homem é uma prisão".[10]
Em 15 de dezembro de 2016, Laerte teve julgada procedente uma ação movida contra a Editora Abril, a emissora de rádio Jovem Pan e o jornalista Reinaldo Azevedo, obtendo o direito a uma indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil, em razão de críticas que não se restringiram somente à charge contrária à postura dos manifestantes pró-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A ação ainda não transitou em julgado.[11][12]
Em 1968, Laerte concluiu o Curso Livre de Desenho da Fundação Armando Álvares Penteado. Em 1969, começou a cursar jornalismo na Universidade de São Paulo mas não chegou a concluir o curso. Começou profissionalmente desenhando o personagem Leão para a revista Sibila em 1970. Durante a década de 1970, fundou, junto com Luiz Gê, a revista Balão enquanto ainda estudava na ECA, e trabalhou nas revistas Banas e Placar. Em 1974, fez seu primeiro trabalho para um jornal, a Gazeta Mercantil. No mesmo ano, começou a produzir material de campanha para o MDB durante as eleições. No ano seguinte, trabalhou na produção de cartões de solidariedade no movimento de auxílio aos presos políticos.
Em 1974, ganhou o primeiro prêmio no 1.º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, com a charge "O Rei Estava Vestido". Em 1978, desenhou histórias do personagem João Ferrador para a publicação do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Mais tarde viria a fundar a Oboré, agência especializada em produzir material de comunicação para os sindicatos. A editora publicou seu livro Ilustração sindical (1986), com mil ilustrações, quadrinhos e caricaturas liberados para utilização por sindicatos e outras entidades.[13]
Laerte fez cobertura jornalística de três Copas: a de 1978 (para o jornal O Estado de S. Paulo), a de 1982 (para a Folha de S.Paulo) e a de 1986 (para O Estado de S. Paulo). No fim da década de 1980, publicou tiras e histórias em quadrinhos nas revistas Chiclete com Banana (editada por Angeli), Geraldão (editada por Glauco) e Circo, todas da Circo Editorial, que mais tarde lançaria sua própria revista (Piratas do Tietê). Em 1985 lançou seu primeiro livro, O Tamanho da Coisa, uma coletânea de suas charges.[1]
Em 1991, a Folha de S.Paulo começou a publicar as tiras de Piratas do Tietê.[14] Regularmente, a artista lança álbuns com coletâneas de suas tiras, principalmente pela Devir Livraria[15] e L&PM Pocket.[16]
Em 2009, convidada para participar do álbum MSP 50 em homenagem aos 50 anos de carreira de Mauricio de Sousa, Laerte criou uma história protagonizada por Franjinha e seu cachorro Bidu.[17] Em 2014, Laerte passou a publicar charges para a Folha de S.Paulo.
Laerte também atuou como roteirista, tendo colaborado em diversos programas da Rede Globo. Escreveu scripts para os programas humorísticos TV Pirata e para as primeiras temporadas de Sai de Baixo. Ainda na área de humor escreveu para o quadro Vida ao Vivo que ia ao ar durante o Fantástico, em 1997.
Laerte também escreveu o programa infantil TV Colosso e o script de cinema para Super-Colosso: A Gincana da TV Colosso. Em 2010, participou do roteiro e storyboard do curta de animação Los tres amigos dirigido por Daniel Messias e ganhador do Troféu HQ Mix.
Em 2012, Laerte foi protagonista do curta-metragem Vestido de Laerte, dirigido por Cláudia Priscilla e Pedro Marques. O filme foi vencedor nas categorias melhor curta e melhor direção do Festival de Cinema de Brasília 2012.[18]
No ano de 2015, Laerte contribuiu com o documentário da cineasta Miriam Chnaiderman, De Gravata e Unha Vermelha, filme que relata a realidade de transexuais, travestis e transgêneros, adeptos do crossdressing e entusiastas debatendo sobre a construção individual do próprio corpo.[19]
Em 2017, foi lançado o documentário Laerte-se, codirigido por Eliane Brum e Lygia Barbosa, que fala sobre o cotidiano e a transformação na arte e na vida pessoal da artista.[20]
Estes são alguns personagens conhecidos de Laerte, sobretudo por suas tiras publicadas em jornais:
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